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Produtor de Mato Grosso Sul precisa de 10% mais leite para comprar milho

Apesar de atingirem os piores patamares desde 2014, descontando a inflação, as cotações do lácteo têm perspectiva de alta de mais de 5% em março

Fonte: Pixabay

A relação de troca entre leite e milho está em declínio em Mato Grosso do Sul, apontam dados divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Famasul). Em fevereiro, o produtor precisou de 28,97 litros de leite para adquirir uma saca de milho, 9,44% mais que os 26,47 litros necessários no mesmo período do ciclo anterior.

De acordo com o levantamento, no mês de fevereiro, a matéria-prima teve uma recuperação de 4,4% comparada a janeiro, sendo negociado a 0,8239 por litro. “Isso se deu em razão do aumento de capacidade de pagamento das indústrias e queda na oferta do leite, fato que já vem sendo observado desde o início do ano”, explica a analista técnica Eliamar Oliveira. Apesar disso, o desempenho ainda representa queda de 12,39% frente aos R$ 0,94 por litro de fevereiro de 2017.  

Em termos reais, ou seja, descontando a inflação do período, as cotações em 2018 são inferiores a todos os anos da série histórica desde 2014.

No atacado de Mato Grosso do Sul os preços médios da maioria dos produtos lácteos foram menores em fevereiro de 2018 quando comparados a janeiro. O creme de leite registrou a maior queda, 15,4%. O queijo prato retraiu 7,6%, comportamento semelhante também foi observado entre os demais queijos. O movimento de valorização ocorreu em três produtos: leite cru (spot), bebida láctea e manteiga, 9,2%, 0,30% e 2,74%, respectivamente.

O preço do leite em Mato Grosso do Sul deve subir 5,4% em março, chegando a  R$ 0,87 por litro. “A produção está menor, o que intensifica a concorrência entre as indústrias do setor”, afirma Oliveira.

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