Produtores, cooperativas e profissionais ligados à cadeia do leite no Rio Grande do Sul passarão a contar com cursos de qualificação da produção. A formação será oferecida a partir de maio deste ano e deve contemplar diversos assuntos do setor.
O programa de atualização para a indústria de laticínios foi assinado entre o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e a Universidade de Passo Fundo durante a última Expodireto Cotrijal.
Os cursos visam a formação, qualificação e treinamento de toda a cadeia produtiva do leite, desde o produtor até a indústria. A ideia é que essas qualificações ajudem principalmente na qualidade do produto. As primeiras turmas devem ser oferecidas a partir de maio deste ano.
“Algumas capacitações já são oferecidas na UPF, como cursos de gestão de propriedade e questões técnicas do leite para que produtores entendam as exigências legais de certificação. Estamos até desenvolvendo cursos sobre a qualidade do queijo”, diz André Thomé, pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UPF.
Inicialmente, será oferecido o curso para laboratoristas que trabalham com a análise do leite e, depois, para a formação de equipes de fomento para as boas práticas agropecuárias. Outras formações devem ocorrer conforme a demanda e devem mesclar teoria e prática.
Algumas das capacitações incluem cursos de formação de gestão de propriedade, na área técnica do leite, para que o produtor saiba o que é aquela amostra que está mandando para os laboratórios de serviço, a certificação e o que está por trás dessa exigência legal. Também estão sendo desenvolvidos cursos de qualidade do queijo.
No Rio Grande do Sul, são 25 indústrias associadas ao Sindilat e 495 municípios têm atividade leiteira, em sua maioria praticadas por pequenas famílias. O estado é o terceiro maior produtor de leite do país, com mais de 4 bilhões de litros por ano. E quanto maior a qualidade do leite, mais o produtor ganha pelo valor do litro comercializado.
“Existe uma grande carência de cursos continuados na indústria láctea e, ouvindo os profissionais do setor, o curso está sendo moldado de acordo com as necessidades da qualidade de cada indústria. Isso permitirá que os profissionais possam se certificar e seguir carreira no setor lácteo”, explica Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindilat.