O primeiro vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, se reunirá na quarta, dia 12, com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília, para discutir alternativas para o setor leiteiro gaúcho, que enfrenta dificuldades devido à baixa dos preços no mercado internacional e a perda de competitividade.
Segundo a entidade, a alta carga tributária e os custos elevados da atividade estão prejudicando o desempenho do setor.
Ela cita os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), mostrando que as exportações de leite brasileiras tiveram uma queda de 25,37% entre o período de janeiro a julho (US$ 150 milhões), em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a importação caiu apenas 1,98%, para US$ 247 milhões.
– Esse cenário demonstra uma preocupação grande, porque significa que não estamos conseguindo tirar produto do mercado interno, o que cria uma forte pressão sobre o preço. Sem solução, não haverá outra forma senão repassar essa perda ao produtor – diz, em nota, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
Ele afirma que a importação de leite em pó no mercado nacional em 2015 está encolhendo o lucro das indústrias locais. Desta forma, segundo Guerra, “não há espaço para o governo do estado do Rio Grande do Sul realizar qualquer tipo de ampliação na carga tributária do setor, sob pena de reduzir ainda mais a margem de lucro da indústria a níveis insustentáveis e abalar a rentabilidade ao produtor”.