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Vacas jersey rendem 40% a mais que animais de outras raças, afirma associação dos criadores

Produção de leite jersey é rentável; criadores do Vale do Paraíba estão recebendo de R$ 1,47 a R$ 1,53 por litroAs expectativas para a raça este ano são positivas. Segundo a a superintendente da Associação dos Criadores do Gado Jersey do Brasil, Giselda Mendonça, um estudo realizado nos Estados Unidos, afirma que uma vaca jersey produz 40% a mais que uma vaca leiteira de outra raça.

A superintendente conta que o destaque de 2013 para a raça, foi ter batido o recorde no torneio leiteiro, com animais de até 36 meses. O vencedor foi um animal de primeira cria, que pariu com 26 meses e produziu mais de 46 quilos de leite por dia.

– O torneio mostrou como o jersey é uma vaca de produção de leite mesmo, uma máquina – define.

Esse animal vencedor, de aproximadamente 380 quilos, produz por dia 15% do seu peso em leite. Giselda explica que como a vaca é de uma raça menor, ela precisa de menos quantidade de alimento para se manter. Ela comenta que também é possível colocar mais animais jersey no mesmo local.

– Por exemplo, se você coloca duas de outra raça, você coloca três jersey. Assim é a rentabilidade da raça jersey – relata.

Segundo a especialista, estudos dos Estados Unidos provam que uma vaca jersey, além de ser mais precoce, no sentido de produzir mais cedo e de ter sua cobertura antes, também é mais longeva, ou seja, tem sua vida produtiva maior, resultando em mais tempo produzindo leite.

– É um leite mais rentável, o lacticínio está pagando mais caro por esse leite. Segundo estudos dos EUA, uma vaca jersey rende 40% a mais que uma outra vaca leiteira – revela.

Giselda afirma que, atualmente, a produção do leite jersey está sendo um negócio muito rentável.

– No Vale do Paraíba, os criadores estão recebendo de R$ 1,47 a R$ 1,53 por litro de leite jersey – diz.

Para ela, o leite está valorizado. Segundo Giselda, hoje o Brasil está com o leite mais caro do mundo.

– O cenário é positivo para o produtor. Além de tudo, o leite jersey produz 15% a mais de cálcio e 25% a mais de proteína – divulga.

Para 2014, a associação planeja realizar teste de progênie em animais da raça.

– Os animais do Brasil são muito bons, mas nós não temos como provar. Já fizemos um acordo com a Embrapa, então, em 2014, iremos começar os testes de progênie de jersey – assegura.

Neste ano, Giselda conta que haverá um circuito de exposições nacional. O evento será realizado em diversas regiões do país, para dar possibilidade de mais criadores participarem.

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