Em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de reconquistar até o final deste mês o reconhecimento internacional de área livre de aftosa com vacinação. Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vão apresentar aos técnicos da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) um novo relatório.
? O Estado deve conquistar sim o status no fim do mês. Todo o trabalho necessário para isso foi feito e as informações exigidas pela OIE foram adicionadas ao novo relatório ? garante o superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez.
Caso o Estado consiga reconquistar a confiança do organismo internacional, o Mapa irá solicitar à União Européia a inclusão de Mato Grosso do Sul como fornecedor de carne bovina in natura. Mas alguns especialistas acreditam que, entre o possível credenciamento e o início das vendas, ainda haverá um longo caminho pela frente.
Para voltar a vender o produto para os países do bloco é preciso investir em rastreabilidade, uma exigência que, para alguns, pode significar um obstáculo.
Como o mercado europeu é exigente e só compra carne de propriedades certificadas, com animais rastreados, o presidente do Núcleo Brangus Centro-Oeste diz que é preciso ter cautela.
? O Estado teria que aguardar algum tempo para que a classe se adaptasse às exigências da União Européia ? explica Mário Pompeo.
No total 1,5 mil propriedades certificadas, que juntas têm oito milhões de bovinos, atendem às novas regras do Sisbov, segundo o Mapa.
? O Estado poderá ter várias fazendas habilitadas pela União Européia. São propriedades que já trabalham para conseguir habilitação quando o bloco econômico der sinal verde para Mato Grosso do Sul ? diz Baez.
Atualmente 106 fazendas em todo o país estão autorizadas a exportar o produto para o bloco.