– Cada país deverá internalizar essa lista. Ou seja, adotar as medidas legais correspondentes para que todas as importações passem a pagar a nova lista – explica.
A alteração das taxas é uma tentativa de combate aos desequilíbrios comerciais provocados pela crise econômica internacional.
– Diante da recessão do mundo, evidentemente, os países que têm excedentes de qualquer produto lutarão com unhas e dentes para colocar mais deles nesses mercados que estão crescentes. E o Brasil é um alvo – aponta Espírito Santo.
Conforme Espírito Santo, o governo federal analisa quais produtos serão incluídos na relação. A escolha deve levar em conta o volume das importações comparado à produção nacional, a relevância do item para o abastecimento interno e para a geração de emprego e renda.
Produtores de leite defendem inclusão do produto
A produção de leite no Brasil em 2011 chegou a 31 bilhões de litros, com importação de um bilhão de litros. A taxa varia entre 14% e 16%, mas o setor defende a cobrança de 55% e a inclusão do produto e seus derivados na lista do governo, segundo o assessor da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Bruno Lucchi.
– A gente sabe que o real tem valorizado bastante nos últimos anos e, caso essa situação de crise persista, o Brasil é um mercado muito visualizado pelos terceiros mercados, os países. Então, a gente corre o sério risco de ser alvo de importações de mais países, da Europa principalmente – avalia.