– É um sonho. Como eu estava falando, não tem palavras que consigam descrever. Acho que é o sonho de qualquer atleta chegar às Olimpíadas e continuar nesse ciclo. Participar de Pequim, agora de Londres e, se Deus quiser, na do Brasil – vibra Luiza.
O desempenho das duas nas pistas, quase que simultaneamente no final de semana, deu o tom do clima de expectativa. Luiza chegou à pista com uma pequena margem de vantagem sobre Ivonne Losos de Muniz montando Liebling II. Com índices registrados com duas montarias – quatro com Pastor e dois com Samba, cavalos Puro Sangue Lusitano -, a atleta apresentou regularidade nas notas ao longo das seis seletivas, enquanto Ivonne oscilava as notas do Grand Prix e do Grand Prix Freestyle.
Esta será a segunda vez que a amazona participa dos Jogos. Sua estréia foi nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando aos 16 anos entrou para a história dos esportes como a mais jovem atleta do hipismo em Olimpíadas, título que era do também brasileiro Rodrigo Pessoa, da modalidade Salto, que em 1998 competiu em Barcelona aos 19 anos.
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As seis seletivas olímpicas em busca da vaga latino-americana foram realizadas a partir de novembro do ano passado, após o Pan de Guadalajara, quando o Brasil não foi ao pódio e perdeu o direito de participar dos Jogos de Londres por equipe. Participaram também das provas seletivas do Concurso de Dressage Internacional (CDI3*), os conjuntos Pedro Manuel Tavares de Almeida montando Toleirão da Broa (65,191% no Grand Prix e 70,076% no Freestyle), Rogério Silva Clementino com Sargento do Top (65,426% e 65,500%) e Luiza Almeida com Pastor (65,809% e 68,000%). Rodolpho Riskalla montando Portugal participou da série FEI Olympic Grand Prix Special onde registrou as médias finais de 65,489% e 65,200%.
– Foi fantástico, com todos os juízes acima de 70%. Então, incontestável. Ganhamos com uma margem pequena. Esse resultado é o mais importante da América Latina toda. Quer dizer, vai o cavaleiro com melhor pontuação dentro da América Latina. É um resultado fantástico para o hipismo – comemora o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Luiz Roberto Giugni.
O evento contou com organização conjunta da CBH, Federação Paulista de Hipismo (FPH) e chancela da Federação Equestre Internacional (FEI).
