Para o consultor agropecuário Fernando Velloso, o mercado tem mostrado um comportamento diferente nesta primavera. Enquanto alguns remates têm se destacado pela oferta de qualidade e elevando as médias, outros ficam abaixo das expectativas de vendas. De acordo com o analista, muito se deve a um produtor mais exigente quanto à qualificação dos animais.
– Há 10 anos, qualidade significava um animal jovem e de bom peso. Hoje, é isso e mais os índices corporais testados em provas da raça e informações sobre origem e família. Entram também nessa avaliação os serviços como frete, seguro e condições de parcelamento e descontos – avalia Velloso.
Conforme o especialista, as médias devem ser mais elevadas do que na temporada passada, que fechou em R$ 6,5 mil para os machos. O presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul (Sindiler), Jarbas Knorr, diz que a tendência é de evolução nos valores de comercialização.
Com o leilão de maior faturamento da temporada ultrapassando a marca de R$ 3 milhões, a GAP Genética apostou em uma oferta variada no evento realizado em setembro, com média de R$ 6,73 mil.
– Fizemos um leilão “eclético”, tivemos animais vendidos para centrais de inseminação e também para serem líderes de plantéis – lembra o diretor comercial da GAP, João Paulo da Silva.
O foco na qualidade também é defendido por Fábio Gomes, da Cabanha Catanduva, que realizou leilão de rústicos na noite desse domingo, dia 28, em Esteio, com uma oferta de 60 touros e 10 fêmeas. A média do remate foi de R$ 9,64 mil.
>>Veja a matéria original em Zero Hora