Para saber a quantidade e o tipo de adubo necessários, uma opção é a análise do solo. Trata-se de uma forma de avaliar a acidez e a quantidade de nutrientes que há na terra.
Na propriedade do produtor de grãos Eli Lise, já foram colhidas até 250 sacas de milho por hectares. De soja, é comum ele colher 70 sacas por hectare.
– Não se deve ter medo de adubar. O que você dá para a terra ela devolve – explica Lise.
Além da prática de fazer a rotação de cultura, de três em três anos ele faz um estudo aprofundado de como está à lavoura. É a correção de precisão.
Eli Lise recolhe cerca de 50 amostras de terra nos cem hectares da propriedade. O uso do GPS permite saber o ponto exato em que cada amostra foi feita. Antes, quando ia aplicar um produto, o passava em toda a lavoura. Agora, apenas no ponto em que os resultados das análises feitas em laboratório indicam.
– Eu ia aplicar 150 toneladas de calcário. Fomos fazer a análise e precisou apenas de cinco toneladas. Eu ia jogar 145 toneladas sem precisar. Vale a pena, porque com a análise na mão não tem como errar – defende o produtor de grãos.
As dicas para aumentar a produtividade por área não serve apenas para as lavouras, mas também para as pastagens, garantindo assim uma boa alimentação para o gado de leite.
– Normalmente o pessoal não aduba as pastagens. O que der vai dando. Mas não é bem assim. A pastagem exige igual às lavouras de grão uma análise do solo- diz o pesquisador da Epagri Mario Miranda.
Em locais que recebem adubo orgânico ao invés do químico, a pastagem fica maior e mais verde.
– Sabendo trabalhar com a adubação orgânica, ela produz tanto quanto a química. Pelas características da região que tem aves, suínos e bovinos, o resíduo pode e deve ser utilizado tanto nas lavouras de pastagem quanto de culturas – ensina Miranda.
Em 2011 Santa Catarina pulou do sexto para o quinto lugar no ranking nacional de produção de leite. Tem gente confiante que este ano o Estado ultrapasse Goiás, que atualmente é o quarto colocado do ranking.