O chefe do Departamento de Defesa Agropecuária e Divisão de Defesa Sanitária Animal (DSA), Marcelo Gocks, informou nesta quinta, dia 23, que o Rio Grande do Sul tem mais dois focos confirmados de mormo. Cinco animais tiveram resultado positivo em uma propriedade de Santo Antônio das Missões, e outro em São Jorge.
Ao todo, o estado gaúcho já registra nove casos da doença. No final de semana, foram confirmados mais dois casos da doença, nos municípios de Alegrete e de Uruguaiana, que se somam ao caso já registrado na cidade de Rolante.
De acordo com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), no final de semana, o risco de contágio da doença levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os tradicionais desfiles em homenagem à Revolução Farroupilha no estado.
O que é o mormo?
O mormo (ou lamparão) é uma doença infectocontagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispneia. O mormo não tem cura, não tem vacina e os animais que contraem a doença precisam ser sacrificados.