Dados do Rally da Pecuária mostram que metade das pastagens brasileiras está com boa qualidade. Porém, em algumas regiões, a situação não é positiva. No Estado de São Paulo, apenas 20% dos produtores fazem o manejo correto.
– Há bastantes falhas. Na verdade, são poucos os produtores que fazem algum tipo de manejo adequado na sua pastagem – diz o engenheiro agrônomo Ricardo Manfredine.
Mas mesmo que seja devagar, ano a ano vem aumentando o número de pecuaristas que aderem a um manejo melhor. Thiers é um desses produtores. Ele se criou na pecuária vendo o pai usar somente pastagens nativas, mas de tempos para cá vem investindo no plantio de pasto adequado, o que já trouxe resultados.
– A pastagem nativa era o suficiente na época – conta Fortes.
Com cada vez mais produtores percebendo a importância de um investimento em pasto próprio a venda de sementes vem aumentando nos últimos anos. Entre 2009 e 2010, foram consumidas 22,7 toneladas de sementes. Já entre 2010 e 2011, foram 29,5 toneladas. Segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o ano de 2012 deve terminar com um consumo ainda maior. Na indústria de sementes Agrosalles, as vendas aumentaram entre 15% e 20% no último ano.
Notícias Relacionadas
– A gente já vem aí há pelo menos 3 ou 4 anos com aumento de pelo menos 15 a 20% anual. Então a gente acredita que esse mercado vem aumentando a medida que o pecuarista procura uma qualidade melhor de semente – avalia um engenheiro da empresa.
Outro fator que vem contribuindo para esse aumento de área e maior adesão é a redução nos custos de produção e a relação com o resultado obtido. E uma dessas alternativas é o plantio direto.
Para quem quer começar a produzir pastagem, os especialistas afirmam que é preciso atenção. Há pastagens específicas para cada tipo de produção.
