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Pecuária

Mapa realiza simulado de Peste Suína Africana no Brasil

No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da Peste Suína Africana em 5 de dezembro de 1984

Profissionais do serviço veterinário oficial e do setor privado se reuniram no município de Presidente Getúlio, em Santa Catarina, no período de 19 a 26 de novembro, para realização de exercício prático simulando um caso fictício de peste suína africana (PSA) no Brasil.

O treinamento foi realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e buscou capacitar e preparar as equipes para as mais diversas situações em caso de ocorrência da PSA ou qualquer outra emergência em saúde animal no Brasil.

“O exercício simulado envolveu mais de 230 profissionais do setor público: federal, estadual, distrital e municipal, do setor privado, de países vizinhos, centros de pesquisa e organismos regionais e internacionais, demonstrando, na prática, como devemos proceder para conter e erradicar focos de PSA, no menor tempo e área possível, minimizando os impactos dessa doença”, destaca o diretor de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Para o simulado, foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (COEZOO) para que os participantes executassem os procedimentos previstos no Plano de Contingência para a PSA e o Plano Estadual de Contingência de Emergências Sanitárias de Animais Terrestres do Estado de SC.

A instalação também permitiu que fossem praticados os procedimentos técnicos, como a vigilância e investigação clínica e epidemiológica, biossegurança, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

Durante as atividades, os participantes também puderam realizar os procedimentos de montagem e organização do COEZOO, a cadeia de comando, atividades de planejamento, zonificação e atividades de comunicação de risco e educação em saúde animal.

Participaram da ação auditores fiscais federais agropecuários, médicos veterinários e técnicos dos órgãos estaduais de sanidade agropecuária de 26 unidades da Federação e de profissionais da iniciativa privada de Santa Catarina, de representantes das indústrias e produtores de suínos, além de servidores da Defesa Civil, forças de segurança pública, Prefeitura de Presidente Getúlio, do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), do Servicio Agricola Ganadero do Chile (SAG), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Além do Mapa e Cidasc, o exercício simulado recebeu o apoio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Associação da Indústria de Carnes e Derivados do Estado de Santa Catarina (AINCADESC), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS-RS) e da Prefeitura Municipal de Presidente Getúlio.

Peste suína africana

A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível.

No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da PSA em 5 de dezembro de 1984. Até o momento, não existe vacina com eficácia comprovada contra a PSA.

“A prevenção e a preparação para um eventual foco são fatores primordiais para proteção da suinocultura e da economia do País”, ressalta Moraes.

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