Em reunião na última terça, dia 17, em Brasília, entre o ministro Mendes Ribeiro Filho e os secretários de Agricultura dos quatro Estados, foi confirmada a agenda de auditoria e sorologia necessárias para a análise que vai declarar, ou não, o novo status dessas regiões. O cronograma elaborado pelo Ministério prevê que em fevereiro uma nova auditoria será feita para checar se as pendências apontadas pelo governo em avaliação anterior, no ano de 2011, foram sanadas. Em março serão sorteadas centenas de propriedades para que seja realizada, entre os meses de abril e maio, a sorologia dos animais, que tem como objetivo provar a inexistência da circulação do vírus da aftosa. Todo o processo será concluído em outubro.
Caso os quatro Estados sejam aprovados, eles receberão do Ministério o status de área livre com vacinação. O próximo passo será encaminhar a documentação para a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) para que sejam reconhecidos pelo organismo multilateral. Geralmente, a OIE decide sobre a concessão de status sanitários em sua reunião anual que ocorre em maio.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará tinha, em 2010, um rebanho de 17,6 milhões de cabeças. O Maranhão, sete milhões de cabeças, Pernambuco, 2,4 milhões, e Piauí, 1,68 milhão de cabeças. O rebanho total do país era de 209,5 milhões de bovinos.
O secretário de Agricultura do Maranhão, Cláudio Azevedo, afirmou, por meio de nota, que com o status de região livre da febre aftosa os mercados interno e externo se abrirão para a carne do Estado. “Os criadores poderão buscar preços competitivos para sua atividade pecuária e o Maranhão vai atrair novos investidores para o setor rural”, disse. O Estado não registra caso de aftosa há 10 anos.
Status nos Estados
Atualmente, 15 Estados brasileiros são reconhecidos pela OIE como livres de febre aftosa com vacinação. Integram a lista o Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status a região centro-sul do Pará, os municípios de Guajará e Boca do Acre e partes dos municípios de Lábrea e Canutama, todos no Amazonas.
O Ministério da Agricultura reconhece como de risco médio de febre aftosa os Estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e as regiões norte e oeste do Pará, incluindo a ilha do Marajó. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do Estado do Amazonas.
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Em linha do tempo, relembre a cronologia do combate à febre aftosa: