Segundo os analistas, na quarta, dia 20, em São Paulo muitas indústrias estavam com as escalas completas somente para esta semana. Mesmo assim, existiam tentativas de compra de até R$94,00 por arroba à vista enquanto a referência no Estado segue em R$97,50 por arroba nas mesmas condições.
A margem dos frigoríficos está no menor patamar do ano, o que força a pressão de baixa nos preços. A diferença entre o Equivalente Desossa e o preço pago pela arroba, que em janeiro chegou a 32,0%, está em 19,6%. A estabilidade na maioria das praças pecuárias demonstra que este cenário de pressão por parte da indústria e resistência do pecuarista em entregar boiadas, ocorre em todo país.
Ainda de acordo com a Scot Consultoria, a situação é oposta no Nordeste. A seca que afeta a região tem forçado a entrega de animais e reduz o preço de compra. No Oeste da Bahia, os preços caíram R$1,00 por arroba. No mercado atacadista de carne bovina, o frigorífico resiste em reduzir os preços para não estreitar muito as margens, já que o consumo é ruim.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o cenário de disponibilidade restrita de animais para abate e de interesse limitado da indústria resulta em ritmo lento de negociações, muitas vezes fechadas a valores diferenciados – para cima ou para baixo da média predominante. Entre 13 e 20 de março, o Indicador Esalq/BM&FBovespa ficou praticamente estável (-0,06%), indo para R$ 97,96. No acumulado de março, a elevação é de 0,47%.
Quanto aos embarques brasileiros de carne bovina congelada, fresca ou refrigerada, representaram 2,41% da pauta de exportações do país no acumulado de janeiro/fevereiro, em termos de receita em dólar. Nesse mesmo período do ano passado, representaram apenas 1,67% do total. Se a carne industrializada também for incluída no grupo, a participação aumenta para 2,79% neste ano e para 2,01% no início de 2012.
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