A iniciativa é fruto de um convênio firmado entre o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande, que estimula a maricultura por meio da produção e distribuição de sementes (fase inicial do ciclo de vida) de moluscos e da entrega de equipamentos destinados ao aumento e à instalação de fazendas marinhas.
Fazem parte dos equipamentos para cultivo de moluscos mil bóias amarelas de 33 litros adequadas à maricultura, lanternas japonesas, rolos de corda para fixar os chamados long-lines ? sistemas de cultivo feitos com a fixação de cabos no fundo do mar presos a bóias.
De acordo com o vice-presidente da Associação de Maricultores da Baía da Ilha Grande (Ambig), Ronaldo Souza Viana, a medida irá aumentar a produção de moluscos e incentivar a geração de empregos.
? A iniciativa vai beneficiar o produtor, vai ser de grande importância para o produtor e para a produção. Com isso, surge a necessidade de mais mão de obra. É gerada mais mão de obra na comunidade ? disse.
O projeto tem como objetivo gerar renda, fomentar o cooperativismo na área da aquicultura e definir linhas de cultivo de espécies em fazendas marinhas, preservando a pesca artesanal e agregando valor à cadeia produtiva com o fortalecimento de aplicação de novas tecnologias de cultivo.
As fazendas marinhas são voltadas para a criação de espécies nativas de moluscos, como ostras, mariscos e, principalmente, coquilles saint-jacques, uma iguaria de alto nível comercial, usada em pratos da culinária francesa.
O representante do Ministério da Pesca e Aquicultura no estado do Rio, Jayme Tavares, disse que a Baía da Ilha Grande é a região que mais produz coquilles saint-jacques no Estado.