Nos últimos 10 anos, o rebanho de suínos em Mato Grosso dobrou, passando de 812 mil para mais de 1,6 milhão de animais. Com este avanço, a busca por novos mercados compradores aumentou. Mas para conquistar espaço é preciso garantir a qualidade da produção, o que está diretamente relacionado ao controle sanitário. Para reforçar isso, o Indea inicia esta semana o inquérito sorológico para peste suína clássica, doença altamente contagiosa entre os suínos que provoca hemorragias e a morte dos animais.
Os exames serão realizados em animais de 320 propriedades, onde é feita a chamada criação de fundo de quintal. Trinta equipes farão o trabalho, que deve ser concluído até o dia 18 de dezembro. O último inquérito sorológico deste tipo em Mato Grosso foi realizado em 1998, um ano antes do Estado ser reconhecido pela Organização Mundial de Sanidade Animais (OIE) como área livre de peste suína clássica.
De acordo com o Indea, o objetivo é tornar a realização deste levantamento uma rotina que se repita a cada dois anos. Para a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), além de manter um rígido controle sanitário, esta atuação pode trazer outro benefício para a atividade:
– O mercado internacional exige um rigoroso controle sanitário. A Acrismat defende a realização deste inquérito rotineiramente, já que isso pode comprovar a sanidade animal no Estado, ampliando as possibilidades de conquistar novos mercados ? explica o diretor-executivo do órgão, Custódio Rodrigues.