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Mato Grosso registra recorde mensal de abate de bovinos em julho

Foram para o gancho 563 mil cabeças em julho, acumulado desde janeiro também foi o maior já registradoO Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou em seu boletim semanal sobre a bovinocultura que o Estado bateu dois recordes de abate em julho. Entretanto, os preços pagos ao pecuarista estão desvalorizados e insuficientes para o pagamento de seus custos variáveis ou seu custo operacional efetivo.

>> Leia também: Preço do boi gordo recua em São Paulo

O primeiro recorde vem do acumulado de janeiro a julho de 2013, com o abate de 3,48 milhões de cabeças, o maior volume para um período de sete meses de um ano. O segundo refere-se ao mês de julho, com registro do maior abate da história em um mês, totalizando o envio de 563 mil cabeças de bovinos ao gancho, acima, inclusive, do recorde anterior de janeiro de 2007.

O ano de 2013 caminha para o segundo recorde consecutivo no abate de bovinos. No ano de 2007, por exemplo, foram abatidas, de janeiro a julho, 3,21 milhões de cabeças, já em 2013, o acumulado dos abates de bovinos é de 3,47 milhões de cabeças, 8,48% a mais. Outro ponto de destaque é o fato de pela primeira vez no ano o abate de machos ser superior ao de fêmeas, indicando que uma parte dos bois confinados já foi entregue à indústria. Segundo o boletim, o interessante dos dados de abate de julho é que pela primeira vez no ano de 2013 mais machos foram abatidos, correspondendo a 55,58% do abate.

Os dados esmiuçados ainda mostram que a maior parte dos abates foi de machos com idade de 24 a 36 meses, correspondendo a 38,93% do total abatido em julho. Cmeçam a surgir os primeiros indícios da entrada de bois confinados. No cenário projetado para o confinamento em 2013, as entregas realizadas em julho só foram possíveis para aqueles que possuíam uma estratégia com relação à compra de animais e insumos alimentares, principalmente bem definida em abril, não sendo a realidade da maioria.

Exportações

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o mês de julho de 2013 registrou a segunda maior receita do ano com as exportações de carne bovina, totalizando US$ 90,7 milhões. A maior receita obtida este ano foi em abril, registrando um total de US$ 96,2 milhões. No entanto, o mês de julho foi o que apresentou maior número de dias úteis (segunda a sexta) do ano, além de ter o registro do maior valor do dólar, fatores que, quando somados, poderiam proporcionar resultados melhores no mês.

O Imea diz que isso não aconteceu porque o resultado diário dos embarques de julho foi 9,9% menor que o de abril, com registro de US$ 3,9 milhões em julho e US$ 4,4 milhões em abril. Além disso, a valorização do dólar ajuda mas, como os principais mercados internacionais da carne que Mato Grosso acessa são focados em preço, acaba-se aumentando mais o volume e não as cifras arrecadadas com as vendas de carne bovina.

Preços

No Estado o preço da arroba do boi e da vaca desvalorizou. A arroba do boi gordo apresentou uma queda de 0,05%, variando de R$ 88,23 na semana passada para R$ 88,19. Já a arroba da vaca registrou uma variação negativa mais acentuada (0,33%), na semana passada a média estava cotada a R$ 79,98 e na semana atual o preço chegou a R$ 79,72. O preço médio do boi magro em Mato Grosso no mês de agosto segue em alta, cotado atualmente a R$ 1.185,38 por cabeça.

Segundo o Imea, o mercado de reposição para o boi magro desde janeiro de 2013 apresenta evoluções positivas, em parte, explicadas porque as cotações do boi gordo trabalham em patamares maiores aos alcançadas no início do ano. O mesmo boi magro era negociado na primeira semana de janeiro de 2013 a R$ 1.045,12 por cabeça, uma alta de 13,4% durante esses oito meses percorridos. A fêmea também sofreu alta em seus preços, cotada este mês a R$ 1.184,74 por cabeça, a matriz apresenta valorização de 7,8%, quando comparada ao mês de janeiro de 2013, no qual fora cotada a R$ 1.099,25/cabeça.

Custos de produção

Considerando o levantamento dos custos de produção da bovinocultura de corte em Mato Grosso, realizado pelo Imea, o momento não é dos melhores para o pecuarista. No segundo trimestre de 2013, o preço pago ao pecuarista foi suficiente para o pagamento de seus custos variáveis ou seu custo operacional efetivo. Se comparado ao custo operacional total, ou seja, levando-se em consideração os custos fixos, as contas não fecham, o pecuarista gasta mais do que recebe para produzir uma arroba.

O Imea afirma que em poucos momentos desde 2009 a conta fechou no azul para os pecuaristas de Mato Grosso. Portanto, o pecuarista do Estado precisa receber mais por sua arroba produzida, para que, além de lucro, ele consiga reinvestir na atividade.

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