– Nós temos um controle sanitário muito eficiente no Brasil, mas o Paraguai ainda enfrenta focos de febre aftosa, por isso precisamos ter um grande cuidado para evitar que este gado entre no Brasil e cause prejuízos não só para Mato Grosso do Sul, mas para o país como um todo – diz o coronel Edilson Duarte, chefe do Departamento de Operações da Fronteira.
Duarte diz que é preciso um trabalho permanente nas fronteiras, não somente da Polícia Militar, mas em conjunto com os órgãos de controle sanitário. Os animais apreendidos são abatidos e incinerados, para evitar qualquer possibilidade de que o vírus da aftosa se espalhe. Os envolvidos respondem pelo crime de contrabando.
Outro Estado que sofre com o roubo e contrabando de gado é o Rio Grande do Sul, que tem fronteira seca com o Uruguai. No fim de agosto, durante a Expointer 2013, foi lançado um comitê para coordenar ações de combate ao abigeato e ao abate irregular de animais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública gaúcha, os maiores afetados são os produtores rurais da região da Campanha e Fronteira Oeste.
Dados deste ano mostram que a cidade de Santana do Livramento é a que mais tem casos de abigeato, foram 102 registros de janeiro até o dia 30 de junho. Em segundo lugar está Bagé, com 87 casos, e em terceiro Rio Grande, com 74 registros.