MDA sinaliza apoio para a avicultura do Sul, afirma governo do Paraná

Segundo secretário da Agricultura e do Abastecimento do Estado, crise no setor deve ser tratada como prioridadeO governo federal manifestou intenção de apoiar os produtores de aves do Paraná e de Santa Catarina, segundo informações da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento paranaense. Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) participaram de reunião na sede do órgão, nesta segunda, dia 1º, quando conheceram as dificuldades do setor nos dois Estados. O segmento enfrenta uma crise desde o começo do semestre, por conta da alta no preço do milho e da soja, principais produtos da raç

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, afirma que o problema deve ser tratado como prioridade e que a solução deve ser dada no máximo em 15 dias, devido ao agravamento dos problemas sociais no Sul do país. Os dois Estados representam 60% da avicultura nacional.

Ele acrescenta que, no Paraná, a avicultura envolve 19 mil produtores, gera 60 mil empregos diretos e representa 11% da riqueza produzida pela agricultura no Estado. Em Santa Catarina, são 17,5 mil avicultores.

– O Estado é o único a exportar frango para o Japão, um mercado difícil de ser conquistado e não pode ser perdido – disse o secretário-adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spiers.

O secretário nacional da Agricultura Familiar no MDA, Valter Bianchini, afirma que é possível preparar as medidas necessárias em socorro ao setor até a próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Ortigara defendeu esforço integrado para o momento de transição que ele prevê de seis a sete meses, até que se defina o tamanho da próxima safra de milho nos Estados Unidos.

– Até lá, não vejo solução para o problema porque o custo do milho vai se manter alto – aponta.

Atualmente, a saca de milho é vendida a cerca de R$ 30,00 no Paraná e R$ 35,00 em Santa Catarina, no atacado.

Em Santa Catarina, a situação é mais dramática, de acordo com Spiers, uma vez que os estoques de grãos se esgotaram e o déficit de milho para ração animal é de 2,7 milhões de toneladas.

– Se nada for feito a situação vai se agravar. As empresas estão cada vez mais sem capital de giro para comprar grãos e abastecer os produtores integrados.