Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Mercado brasileiro de couro comemora bom momento do setor

Brasil exporta 70% do que produz e se posiciona como o segundo maior vendedor da matéria-prima para o mercado externoO mercado brasileiro de couros e peles vive um bom momento, principalmente com as exportações. Só em junho deste ano, o país somou US$ 196 milhões em exportações de couros e peles, 8,4% a mais do que o alcançado no mesmo período de 2012. No acumulado do primeiro semestre do ano, o crescimento foi de 16,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com receita de mais de US$ 1,189 bilhão.

O Brasil tem uma importância muito grande no mercado de couro: é o segundo maior exportador do mundo. Do total produzido, 70% é destinado ao mercado externo. Os outros 30% ficam no país, sendo que 20% é utilizado apenas na indústria do calçado.

– O consumo de calçados, artefatos e couros está crescendo. O setor de curtume no Brasil está bem preparado para atender essa demanda, porque fornecemos para os principais países do mundo: Estados Unidos, Itália, China, Vietnã, Taiwan. Mais de 80 países. Então, não teria problemas em abastecer o mercado local – explica o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, José Fernando Bello.

A empresa de curtume Fuga Couros possui indústria em quatro Estados brasileiros e exporta mais de 70% do que produz. O couro é 100% bovino, mas eles começaram há 65 anos, com couro de porco, que, segundo eles, hoje é escasso no mercado.

– Hoje, o couro bovino está mais escasso, houve redução do abate, mas é um produto que tende a ser mais nobre. Investimos nele, embora, em nosso mercado, para agregar valor, fazer o manufaturado, conseguir exportar o couro acabado ou o sapato e a bolsa, o custo é muito alto, sendo que 70% da nossa produção é exportada em matéria-prima, em wet blue curtido – destaca o gerente comercial da Fuga Couros, Nikolas Fuga.

Já a empresa de couros Natur investe em verniz e textura, mas divide o que produz entre os mercados nacional e internacional, preferindo não exportar mais para não sentir os efeitos da oscilação do dólar.

–  A empresa sempre visou trabalhar o mercado interno e externo. Apesar de o mercado externo estar bem aquecido, no mercado interno a gente desenvolve mais, buscando outras alternativas para conseguir manter os dois mercados. Não é interessante focar só na exportação, que hoje está muito bem, mas não sabemos como vai estar em alguns meses. A gente procura manter os dois mercados – diz Deisiane Melo, do departamento comercial da Natur.

Se a indústria fatura bem com a exportação do couro, os pecuaristas reclamam do contrário. É o caso de criadores como Ricardo Viacava, que possui grandes fazendas e afirma que quem está no campo praticamente não fatura com esse setor.

>> Assista entrevista com o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, José Fernando Bello

Clique aqui para ver o vídeo

Sair da versão mobile