PESQUISA CEPEA

Mercado do leite: queda no preço perde força, e lácteos iniciam ano em alta

Entretanto, segundo o Cepea, os custos de produção da pecuária leiteira subiram em janeiro pelo quinto mês consecutivo

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Foto: Couleur/ Pixabay

Pesquisa do Cepea mostra que o preço do leite captado em dezembro de 2024 fechou a R$ 2,5805/litro (“Média Brasil”), queda de 2,7% em relação ao mês anterior, mas elevação de 21% frente a dezembro de 2023, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de dezembro).

Desse modo, a média de 2024 foi de R$ 2,6362/litro, 1,9% acima da verificada em 2023, também em termos reais. Levantamentos do Cepea ainda em andamento mostram, porém, que os preços do leite captado em janeiro devem apresentar alta, devido ao recuo da oferta e ao aumento na competitividade entre laticínios pela compra de matéria-prima.

Preços dos lácteos em recuperação

Outra pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que os preços dos lácteos negociados no atacado paulista iniciaram 2025 em movimento de recuperação.

Dentre os itens analisados, o queijo muçarela foi o que mais se valorizou de dezembro de 2024 a janeiro de 2025, em 1,82%, cotado à média de R$ 33,09/kg. Para o leite em pó (400g), a variação foi positiva em 0,97%, para média de R$ 31,58/kg. A cotação do leite UHT, por sua vez, ficou praticamente estável (+0,02%), a R$ 4,27/litro.

Importações têm ligeiro aumento; exportações recuam

Em janeiro, as importações brasileiras de lácteos cresceram ligeiros 3,93% em relação a dezembro de 2024, porém caíram 2,18% frente ao mesmo período do ano passado (janeiro/24). Já as exportações recuaram 13,91% no comparativo mensal e expressivos 41,19% no anual.

Insumos em alta para dieta dos animais​

Os custos de produção da pecuária leiteira subiram em janeiro pelo quinto mês consecutivo. Cálculos do Cepea mostram que o Custo Operacional Efetivo (COE) teve avanço de 0,81% de dezembro/24 para janeiro/25, considerando-se a “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). Os desembolsos com a dieta do rebanho continuam sendo o principal fator que influencia o movimento altista.