Mercado interno de carne suína fica mais atrativo em julho, diz Cepea

No correr do mês, houve expressivas valorizações do produto negociado no mercado atacadista de São PauloO mercado interno esteve mais atrativo aos vendedores de carne suína em julho, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso porque, no correr de julho, houve expressivas valorizações da carne negociada no mercado atacadista de São Paulo. A carcaça especial suína foi negociada na média de R$ 4,18 por quilo em julho, valor bastante próximo do visto no mercado externo. Em junho, a diferença entre os valores do mercado interno e do externo era de R$ 1,34 e,

Em julho, o volume de carne suína exportada registrou a mais forte redução deste ano, de quase 35%. No período, foram embarcadas apenas 30 mil toneladas de carne suína in natura, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Essa redução foi o reflexo efetivo da proibição das importações pela Rússia em meados de junho ? esse país é o maior comprador da carne brasileira e o volume das suas compras possui grande impacto nos resultados do setor. Num primeiro momento, com a notícia da proibição, compradores russos se apressaram no reabastecimento de seus estoques antes do embargo, resultando em aumento dos embarques em junho.

Quanto ao preço da carne em reais, considerando-se a média do dólar a R$ 1,56 em julho, o valor recebido por quilo de carne vendida foi de R$ 4,29, ou seja, 10,6% menos que em junho, quando a média era de R$ 4,80 por quilo. Quanto à receita, a arrecadação foi de R$ 128,79 milhões, expressiva queda de 27%.