Tal desempenho fez surgir a Mercoláctea, feira voltada a toda a cadeia de lácteos, que chega, este ano, na quarta edição. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho deve participar da abertura do evento nesta quinta, dia 8, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó.
O clima favorável no Oeste do Estado e a possibilidade de uma renda mensal para os produtores estimularam a atividade na região. Isso atraiu indústrias e fomentou ainda mais a expansão. Paralelamente, houve investimento na melhora genética dos rebanhos, que antes tinham vacas que produziam pouco mais de 10 litros por dia – atualmente esta produção se aproxima dos 30 litros por dia.
Melhoramento genético amplia produção
Um exemplo de melhoramento genético é a cabanha Clenan, de Chapecó. Nancy Leonhardt disse que a família tinha aviários de peru que só davam prejuízo. Em 2004, ela e a mãe resolveram apostar no gado de leite. Nancy viajou para os EUA e ficou um ano e meio no Estado de Iowa para aprender sobre seleção genética. Passado este período, ela ficou mais um ano e meio em Quebec, no Canadá.
Com o que a experiência que trouxe do exterior, ela começou a aprimorar o manejo e a fazer o melhoramento genético do plantel através da inseminação. Os animais, que produziam de 18 a 20 litros por cabeça, já estão rendendo entre 23 e 25 de litros por dia. O plantel de elite da propriedade chega a produzir 35 litros por dia.
A evolução dos animais foi tanta que em 2010 a cabanha ganhou os prêmios de melhor criador, melhor expositor e melhor vaca da raça holandesa no Estado. No ano passado, a propriedade conquistou um novo troféu de melhor vaca. E, neste ano, está concorrendo novamente. A cabanha tem 150 vacas em lactação e produz 4 mil litros de leite por dia. A meta dos proprietários é chegar em 7 mil litros/dia.
A Mercoláctea segue até o dia 10 de novembro.