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Mercosul se diz satisfeito com atuação do Paraguai contra aftosa

Bloqueio de foco, interdições, sacrifícios de animais e vigilância em todo o país fazem parte das medidas paraguaiasO Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP), do qual fazem parte Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Bolívia, avalia que as ações tomadas pelo Paraguai para controlar o foco de febre aftosa são satisfatórias. A questão foi discutida durante esta terça, dia 4, em reunião paralela ao Encontro Nacional de Defesa Sanitária (Endesa 2011), que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo.

? De forma unânime, entendemos que as autoridades paraguaias atuaram de forma satisfatória em todo o seu território, com o objetivo de nos deixar mais tranquilos em relação às operações desenvolvidas. Dentre elas, o bloqueio de foco, interdições, sacrifícios de animais e vigilância, não só na região do foco mas no restante do país ? disse o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura e representante do Brasil no CVP, Guilherme Marques.

Marques elogiou também as informações apresentadas pelas autoridades paraguaias.

? Na reunião tivemos sugestões dos países membros do CVP com relação à condução do processo pelo Paraguai, certamente com o espírito de trabalharmos com uma harmonização de procedimentos, respeitando a soberania de cada um. E todos os países ficaram bastante satisfeitos pelo convite do governo paraguaio no sentido de colaboramos com suas ações e contribuirmos com a investigação em curso. O nosso inimigo não é o Paraguai. É a aftosa e ela é invisível e permanente. Risco zero não existe para o Brasil e para qualquer país do mundo, para qualquer outra doença. Trabalhamos para avançarmos na erradicação de várias enfermidades e em bloco. Esse é o espírito do CVP ? ressaltou o diretor.

Nesta quarta, dia 5, as autoridades sanitárias paraguaias solicitaram ajuda aos países membros do CVP e ao Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) na investigação da origem do foco de febre aftosa em bovinos. Ainda não há um número definido de especialistas e quais áreas deverão ser acionadas nos países.

Por parte do Brasil, Marques disse que o país poderá colaborar no apoio operacional, no envio de especialistas em doenças, em vigilância, laboratórios, do próprio ministério ou de órgãos estaduais e de comitês científicos de universidades.

? Não consigo estimar o número de profissionais a serem enviados sem ter a posição do Paraguai. Temos limites de profissionais até por conta de demandas internas a serem superadas, como o reconhecimento do território nacional como área livre de aftosa, mas há condições de ajudar o país vizinho e de cumprir o dever como região ? enfatizou o diretor.

Questionado sobre a situação geral do Brasil no combate à aftosa, Marques afirmou que o País “nunca esteve tão preparado para enfrentar essa situação”.

? Desde que houve aftosa em 2005 em Mato Grosso do Sul começamos a levantar e corrigir nossas falhas para poder blindar o Brasil de uma forma que isso não aconteça mais. O que estamos fazendo agora é desafiando e reforçando o sistema que já existia desde então. São medidas de precaução adicional e que não foi somente o Brasil que adotou, mas os outros países também ? declarou.

Dentre as medidas adotadas estão o alerta sanitário dos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, que fazem fronteira com o Paraguai, e também em Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

? Coincidentemente as medidas estão sendo realizadas juntamente com a Operação Ágata 2, uma mobilização conjunta das Forças Armadas com órgãos como o Ibama e a Receita Federal, que deverá ficar mais 30 dias e pode ser prorrogada por igual período. Não queremos combater a doença com canhões, tanques. É somente para dar mais segurança aos técnicos brasileiros que estão nessas regiões de fronteira ? declarou Marques.

Nessa terça, o representante regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para a América Latina, Luis Osvaldo Barcos, disse que “o vírus (da aftosa) não é combatido com tanque de guerra, em valas, com canhões, mas, sim, com aplicação de medidas sanitárias, com vacinas, com prevenção, com vigilância.

Para defender a posição brasileira, o diretor do Ministério da Agricultura disse que a Operação Ágata 2 também auxilia os técnicos a entrarem em regiões de mais difícil acesso, além de comunicação via satélite com Brasília.

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