O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Milton Silvestre afirmou que a permanência do jovem no campo depende de uma ação conjunta que envolve a família (participação da mulher e mais diálogo do pai com o filho), as organizações sindicais e o governo.
? Não podemos considerar normal esse esvaziamento ? afirmou.
Este ano, pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas que moram nas cidades ultrapassaram as do campo. Sessenta milhões de pessoas, população equivalente à da França, migram anualmente da zona rural para a urbana e, de cada três pessoas citadinas, uma vive na miséria absoluta. Para o secretário-geral da União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação para a América Latina e Caribe (UITA), Gerardo Iglesias, a globalização faz com que a pequena escala na agricultura familiar seja sinônimo de atraso e a maior sinônimo de grandeza.
? Para garantir a sucessão rural devemos garantir a própria sucessão do Planeta Terra ? disse.
O pesquisador da Epagri de Santa Catarina, Milton Silvestre, argumenta que o jovem busca um novo estilo de vida.
? Mais do que a renda, eles têm que ter acesso a lazer, cultura, inclusão digital. Não é possível que na cidade possa viver um cidadão de primeira categoria e, no campo, um de segunda ? concluiu.
Crédito: Marcelo Machado