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Boi

‘Milho deve pesar mais no bolso do pecuarista em 2020’

Apesar de queda na produção do cereal, projetada pela Conab, demanda pelo grão segue aquecida

milho à esquerda e boi à direita
Para a Scot, o mercado do milho deve ficar mais fraco primeiras semanas de janeiro. Fotos: Renata Silva/ Embrapa Rondônia e Seagri-RO

Os preços do milho devem ficar sustentados neste ano, segundo a Scot Consultoria. Apesar da expectativa de redução na safra do cereal na temporada 2019/2020, a demanda deve continuar aquecida pelo grãos.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa de produção total nesta temporada é de 98,41 milhões de toneladas, contra 100,05 milhões de toneladas em 2018/2019.

Do lado da demanda, a projeção para o consumo interno é de 68,13 milhões de toneladas, frente aos 63,91 milhões de toneladas no ano anterior e 60,5 milhões de toneladas em 2017. “Esse crescimento na demanda interna acontece principalmente do consumo de carnes, com o milho sendo destinado à alimentação animal”, explica o analista de mercado Rafael Ribeiro.

Ainda segundo a Conab, a tendência ns estoques internos é de redução significativa, com o milho chegando a 10,31 milhões de toneladas em 2019/2020, contra 13,04 milhões de toneladas na safra passada e 15,5 milhões de toneladas estocadas em 2017. “Isso mostra a redução nos estoques internos ao longo dos anos”, diz.

Preços 

O analista relembra que os preços do milho no início de dezembro de 2019 estavam em alta, mas fechou o ano com valores mais baixos. “As cotações diminuíram ou ficaram estáveis em algumas regiões. Em Campinas (SP), por exemplo, o preço estava em R$ 50 por saca no início de dezembro, mas fechou o ano a R$ 48”, afirma.

Para ele, o mercado do milho deve ficar mais fraco primeiras semanas de janeiro. No entanto, o cenário geral é que a alimentação animal pese mais no bolso do produtor, puxado pela alta do grão.

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