Os valores do milho têm registrado comportamentos opostos dentre as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Enquanto no interior do Paraná os preços sobem, em algumas praças paulistas e do Centro-Oeste as cotações registram leves quedas.
Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário se deve às diferentes condições de mercado dentre as praças pesquisadas, como oferta, demanda e, principalmente, clima. No Paraná, a disputa por milho está mais acirrada no interior do estado, o que tem mantido os valores acima dos observados no mercado disponível do porto de Paranaguá (PR).
Em São Paulo e no norte do Paraná, agricultores temem que a falta de chuva prejudique o potencial produtivo das lavouras e, com isso, muitos estão retraídos das vendas. Apesar disso, a pressão compradora e a oferta de milho de outros estados têm resultado em leves desvalorizações. No Centro-Oeste, o clima tem sido mais favorável aos trabalhos de campo e ao desenvolvimento das lavouras.
Com isso, as perspectivas são de produtividade elevada, o que tem resultado em queda nos preços em algumas regiões, como em Rondonópolis. No Nordeste, boas expectativas para a safra seguem pressionando as cotações. Na região de Campinas (SP), o indicador Esalq/BM&FBovespa caiu leve 0,16% entre 15 e 22 de maio, fechando a R$ 50,49 por saca na sexta-feira, 22.