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Diversos

Milho volta a superar R$ 80 por saca; confira as notícias desta terça-feira

Boi e soja iniciam o ano de 2021 com mercado firme. No exterior, medo de novos bloqueios em virtude do coronavírus preocupa investidores

  • Boi: arroba inicia 2021 subindo em grande parte das praças

  • Milho: indicador do Cepea volta a superar R$ 80 por saca após um mês e meio

  • Soja: Chicago encosta em US$ 13,50 por bushel mas temor com coronavírus segura alta

  • Café: arábica recua em Nova York com mau humor dos mercados

  • No Exterior: Reino Unido determina novo lockdown

  • No Brasil: pressão por gastos preocupa e dólar volta a ficar perto de R$ 5,30

Agenda:

  • Brasil: índice de preços ao produtor de novembro (IBGE)

  • Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná (Deral)

  • EUA: ISM industrial de dezembro

Boi: arroba inicia 2021 subindo em grande parte das praças 

A Scot Consultoria relatou alta de preços da arroba no primeiro dia de negócios em 2021 em grande parte das praças pesquisadas. A cotação subiu em 17 das 32 localidades acompanhadas pela consultoria. No mercado de referência, o paulista, o preço bruto e à vista passou a ser de R$ 266 por arroba.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação de carne bovina ficou em 142,52 mil toneladas no mês de dezembro. Em relação à média diária por dia útil, o resultado foi de 6,47 mil toneladas, uma queda de 8,55% em relação ao mesmo período de 2019. Mesmo com essa desaceleração observada no mês, os números de dezembro foram o segundo melhor para o mês de toda a série histórica, ficando atrás apenas justamente do registrado em 2019.

Milho: indicador do Cepea volta a superar R$ 80 por saca após um mês e meio

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), voltou a superar os R$ 80 por saca após cerca de um mês e meio abaixo deste patamar. Desde o dia 23 de novembro de 2020 que os preços não alcançavam este nível. A cotação passou de R$ 78,65 para R$ 81,79 por saca, uma alta diária de 4,0% e marcou o oitavo dia consecutivo de avanços.

Foram exportadas pelo Brasil em dezembro 5,00 milhões de toneladas de milho, uma média diária de 227,54 mil toneladas. Com isso, o resultado ficou 14,73% acima do registrado no mesmo mês em 2019. Assim como no caso da carne bovina, o volume embarcado de milho em dezembro foi o segundo melhor para o mês de toda a série histórica da Secex. O recorde atual foi registrado em 2015 com 6,27 milhões de toneladas exportadas.

Soja: Chicago encosta em US$ 13,50 por bushel mas temor com coronavírus segura alta

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago chegaram muito próximos de superar os US$ 13,50 por bushel, mas o temor de novos lockdowns com o avanço do coronavírus seguraram a alta. Dessa forma, a elevação diária foi bem modesta, de apenas 0,15%, e o vencimento para março ficou em US$ 13,13 por bushel. No Brasil, a expressiva valorização do dólar em relação ao real garantiu nova rodada de elevação dos preços domésticos.

As exportações brasileiras de soja no último trimestre sinalizaram claramente a falta de disponibilidade do produto no país e o resultado de dezembro não foi diferente. No mês, foram embarcadas apenas 274,08 mil toneladas, 12,45 mil por dia útil, resultado 92% menor que em dezembro de 2019. Foi o pior resultado para o mês desde 2013 e por outro lado, incentivou o maior volume importado de soja para dezembro de toda a série.

Café: arábica recua em Nova York com mau humor dos mercados

O café arábica que havia ensaiado superar o nível de US$ 1,30 por libra-peso no último pregão do ano passado, perdeu força e teve baixa com o mau humor dos mercados em relação à pandemia. O medo de novos bloqueios em economias importantes fez com que o vencimento para março recuasse 1,64% para US$ 1,2615 por libra-peso.

No Brasil, a alta do dólar e ajustes após o feriado de ano novo levaram o indicador do café arábica do Cepea para o maior patamar nominal já registrado na série do instituto. A saca passou de R$ 606,69 para R$ 615,78, uma valorização diária de 1,50%.

No Exterior: Reino Unido determina novo lockdown

Os mercados abriram o dia de ontem, segunda, 05, com novas altas dando seguimento ao otimismo observado no encerramento de 2020. Porém, durante o dia, o temor que economias importantes da Europa e alguns Estados norte-americanos pudessem tomar novas medidas de bloqueio à circulação de pessoas pressionou as bolsas globais.

Ontem, o governo britânico anunciou um novo lockdown semelhante ao adotado em março para ser implementado já nesta terça-feira. Apesar do país ter sido o primeiro a iniciar a vacinação tanto do imunizante produzido pela Pfizer e BioNTech como do comercializado pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford, o Reino Unido tem seu pior momento em número de casos e óbitos. Preocupa também a circulação de uma nova variante do coronavírus que os pesquisadores têm evidências de que é ainda mais contagiosa e pode pressionar o sistema de saúde do país.

No Brasil: pressão por gastos preocupa e dólar volta a ficar perto de R$ 5,30

O temor que grandes economias passem a adotar novos bloqueios em virtude do avanço do coronavírus e a dificuldade na importação das primeiras doses da vacina de Oxford gerou sentimento que o Brasil possa ter que fazer uma nova rodada de auxílios.

Com o risco fiscal muito elevado, uma maior pressão nas despesas públicas aumenta este risco e impulsiona o dólar em relação à moeda brasileira. Dessa forma, a moeda norte-americana voltou a operar próxima dos R$ 5,30.

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