Minas Gerais interdita animais de 18 propriedades para coibir uso de cama de aviário

Números são do período entre janeiro e setembro. Governo pretende fiscalizar mais 15 áreas até dezembroEntre janeiro e setembro deste ano, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) fiscalizou 52 propriedades para coibir o uso da cama de aviário no Estado. No total, foram interditados 4.634 bovinos em 18 estabelecimentos rurais. A meta é fiscalizar até dezembro, mais 15 propriedades, sendo que este número pode aumentar de acordo com denúncias que informam os dados da propriedade que utilizam a cama de aviário.

Os estabelecimentos notificados com irregularidades estão localizados em Pará de Minas, Lagoa Formosa, Luz, Ponte Nova, Rio Casca, Arinos e Pitangui, locais considerados polos de avicultura no Estado ou que possuem bovinos criados em sistema de semiconfinamento. Essas regiões possuem normalmente, grande oferta e comércio ilegal de produtos que contenham proteína ou gordura de origem animal (cama de frango).

São subprodutos de origem animal, a cama de frango, farinha de sangue, de carnes e ossos, de resíduos de açougue, dejetos de suínos, sangue e derivados, entre outros. Eles são proibidos por lei na alimentação de ruminantes e trazem sérios prejuízos aos produtores rurais e a bovinocultura estadual e nacional. A proibição é uma determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e acontece desde 1996.

O principal motivo da proibição desses produtos é o risco que oferecem à sanidade do rebanho nacional. Podem causar a “Vaca Louca”, doença que pode ser transmitida através de uma proteína chamada prion, presente em animais infectados. Esse prion pode estar presente na cama de frango, visto que as aves podem se alimentar de produtos que contenham proteína e gordura de origem animal. É esse o motivo da proibição do uso do produto.

Recentemente, o Ministério da Agricultura informou que 27 bovinos foram abatidos em Mato Grosso por terem se alimentado com a chamada cama de aviário.