O Fórum vai debater a intensificação das ações para expansão da industrialização de leite no Estado, a implantação de centros de maturação regionais de queijo; expansão do Programa Minas Leite; fomento à comercialização do produto e seus derivados; aumento do número de tanques coletivos para resfriamento de leite e melhoramento genético do rebanho.
? O propósito do Fórum do Leite é fazer a discussão, melhorar e estimular a cadeia produtiva, identificar os gargalos, apresentar sugestões, ouvir o segmento e trabalhar duro para termos, de fato, uma Minas mais leiteira. Vamos trabalhar para que o produtor e o leite sejam respeitados pelo Brasil afora muito mais do que já é, como um produto de excelente qualidade nutricional, mas com um valor econômico importante. Temos que valorizar o produto nacional, aquilo que é feito aqui por nós ? destacou o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, durante a instalação do Fórum do Leite.
Ao falar sobre as necessidades da cadeia produtiva do leite, o governador ressaltou a preocupação em agregar valor aos produtos como forma de alavancar o setor.
? Vamos apresentar sugestões e soluções para a questão do leite. Isso significa também agregar valor ao produto feito em Minas, ou seja, não só exportar o leite in natura, mas aproveitar aqui as fábricas de lacticínios para fazer iogurtes, queijos sofisticados, o que representa uma renda muito maior para os produtores, fabricantes e para o Estado como um todo, ou seja, mais riqueza e empregos de melhor qualidade ? disse Anastasia.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, o fórum terá a função de direcionar as políticas voltadas ao setor leiteiro.
? Temos um terço da produção nacional de leite. Vamos produzir cada vez mais, mas, principalmente, com qualidade. Vamos ter reuniões constantes dentro do fórum para analisar as ações produtivas do leite, buscando sempre melhorá-las. Tudo isso para que o produtor possa vislumbrar dias melhores. Será um esforço integrado para fazer uma revolução no setor leiteiro, impulsionando toda a cadeira ? destacou o secretário.
A secretária de Casa Civil e de Relações Institucionais, Maria Coeli Simões Pires, enfatizou a importância em valorizar o leite e seus derivados, a exemplo do queijo, como produtos não apenas econômicos, mas como bens culturais do nosso Estado.
? A produção do queijo artesanal representa um forte componente da economia, mas, sobretudo, da cultura de Minas Gerais. Estamos falando de um Estado leiteiro, do maior produtor de leite do país, por isso a relevância dessa discussão ? explicou Maria Coeli.
Minas Gerais tem a maior bacia leiteira do país, com um rebanho da ordem de 7,2 milhões de cabeças em 300 mil propriedades. O plantel mineiro responde por uma produção de 7,9 bilhões de litros de leite por ano, um terço da produção nacional. O rebanho bovino de leite e corte é de 22 milhões de cabeças.
? Para nós, produtores rurais, o fórum é a oportunidade de discutir as questões da atividade leiteira, acompanhar o desenvolvimento da tecnologia e de como é que vamos tratar o leite como um produto de Minas ? destaca o produtor de leite, João Luiz Mozzer.