— Só que o mercado está mudando de novo: os preços do boi gordo projetados no futuro reagiram às notícias altistas e o milho deu uma arrefecida. Se fôssemos fazer um novo levantamento, acredito que esse porcentual de 4% aumentaria — declarou o executivo.
Segundo ele, o confinamento tende a continuar em crescimento nos próximos anos.
— Isso porque temos que utilizar tecnologia para elevar a produção e também não há mais área de pastagem para crescer — ressaltou.
Tito Rosa comentou que o país está vivendo um ciclo favorável da pecuária à indústria, com maior oferta de animais e preços baixo da arroba do boi gordo. Segundo ele, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país pode chegar a abater – formalmente – 30 milhões de cabeças no ano. Em 2011, o abate total foi de 28,8 milhões de cabeças.
Carne bovina
O gerente crê que a carne bovina no final do ano terá um aumento significativo.
— Sazonalmente, a carne bovina aumenta e a procura é maior por peças mais nobres, como o traseiro. Não arrisco um porcentual, mas será maior do que o avanço do boi gordo. Ou seja, veremos as diferenças de margens (spreads) melhores do varejo para a indústria — declarou.
Ele também informou que a relação de troca da carne bovina com o frango está em 1,8. Em 2009 essa relação era de 2,4.
Grãos
Para os grãos, conforme o analista de pesquisa de mercado da companhia, Leonardo Alencar, no curto prazo os preços do milho podem melhorar no país, com a produção da safrinha, que pode abastecer o mercado interno.
— Já para a soja a tendência é altista. Os preços ficarão mais baixos somente no ano que vem — declarou.