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Minerva: oferta de boi melhorará a partir de fevereiro de 2011

Para o presidente do frigorífico, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerrosO cenário atual de oferta restrita de boi gordo no Brasil deverá se alterar somente a partir de fevereiro de 2011 e, consequentemente, haverá, a partir desse período, uma queda de preços nas cotações da arroba. A expectativa é do presidente do frigorífico Minerva, Fernando Galletti de Queiroz. Segundo ele, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerros.

? Aliás, se compararmos com a situação dos outros países, o Brasil é o único que está nesse momento de recomposição de rebanho. Por exemplo, a Argentina está numa situação complicada e já estão surgindo rumores de que o país começará a importar gado. Na Europa, cada vez mais estão cortando os subsídios ao agronegócio ? afirmou o executivo.

? O Brasil estará sem concorrente nas exportações. Veremos em 2011 uma grande oportunidade nas exportações, embora com um mercado ainda muito volátil, já que praticamente todos os mercados estão com preços altos e estoques muito baixos ? disse.

BNDES

O presidente do frigorífico Minerva afirmou que o recente apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do setor de carne é muito importante, mas que as empresas ajudadas precisam ter responsabilidade em suas estratégias.

? O papel do BNDES em apoiar setores vencedores é extremamente relevante para o desenvolvimento da indústria. Mas isso não pode desviar a empresa da estratégia que ela tem. As companhias precisam ter responsabilidade e trabalhar com planos bem claros ? disse.

? Nós tivemos disciplina para manter o foco e estamos bastante otimista sobre o futuro ? afirmou.

Questionado sobre o câmbio, Queiroz não concorda que seja preciso haver medidas para depreciar o real ante o dólar.

? Sou totalmente contra mexer em câmbio. Somos nós que temos que nos adaptar ao novo patamar da moeda ? disse em reunião da Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo).

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