A reconstituição é a adição de água potável ao leite em pó para torná-lo fluído e com as mesmas características dos produtos já conhecidos pelo consumidor (como o leite UHT, conhecido como “longa vida”). Somente estabelecimentos sob Inspeção Federal nos Estados nordestinos estão autorizados temporariamente pelo Mapa a esse tipo de produção, limitada a 35% da capacidade produtiva de cada fábrica.
Devido à seca que afeta centenas de municípios nordestinos, a escassez de alimentos para os animais reduziu a produção leiteira e levou, até mesmo, à morte do gado na região. A medida adotada pelo governo deve auxiliar na recuperação dos índices produtivos anteriores ao período da seca.
Por lei, as empresas não podem utilizar o processo de reconstituição para produzir leite longa vida ou pasteurizado, apenas em casos emergenciais.
– A situação que tem afetado milhões de nordestinos levou o Ministério da Agricultura a agir rapidamente. O objetivo é evitar prejuízos às economias locais e afastar a possibilidade de ocorrerem desabastecimentos para a população – explicou o ministro do Mapa, Antônio Andrade.
Ainda de acordo com o ministro, as vistorias nas fábricas de produtos lácteos seguirão os mesmos padrões já adotados pela fiscalização federal.