Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Ministério da Agricultura descarta suspender importações de suínos para evitar vírus da diarreia

No âmbito político, tensão entre Estados Unidos e Rússia pode contribuir para aumento dos embarques brasileirosO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descarta suspender as importações de suínos para evitar a entrada do vírus epidêmico da diarreia suína (PED). A indústria brasileira de carne suína havia solicitado ao Mapa a suspensão temporária das importações de animais vivos, material genético e plasma de suínos dos Estados Unidos.

• Suínos importados devem passar por quarentena para prevenir entrada do vírus da diarreia suína no Brasil

• Vírus epidêmico de diarreia suína não apresenta ameaça à saúde humana

A doença, que foi identificada nos Estados Unidos em maio do ano passado, já matou cerca de 7 milhões de animais naquele país. O vírus também foi identificado em outros cinco países, inclusive na América Latina. O setor produtivo teme a contaminação do rebanho brasileiro, que chega a 25 milhões de cabeças.

De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, o Mapa não vê, neste momento, justificativa para suspender as importações.

– Essa doença não é uma doença de lista da Organização Mundial de Saúde Animal, não é uma doença considerada de alto impacto no comércio internacional. É uma doença que implica manejo e controle dentro de cada país. Ainda há muitas perguntas e poucas respostas sobre essa doença – pontua Marques.

Tensão política pode favorecer embarques

A tensão diplomática entre Estados Unidos e Rússia envolvendo a anexação pelos russos da Crimeia, até então pertencente à Ucrânia, pode ajudar o Brasil a intensificar a corrente de exportação de carne suína para Moscou. A avaliação é do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Marcelo Ferraz, do Ministério da Agricultura, Marcelo Ferraz.

Nesta sexta, dia 4, ele projetou que um eventual ganho de espaço no mercado russo reforçaria a estratégia desenhada pelo ministério para ampliar presença da carne brasileira no exterior.

– A Rússia estava fazendo um acordo para importar carne suína dos Estados Unidos, que usam ractopamina (substância que aumenta a massa muscular e reduz o teor de gordura da carne de porco). Os americanos estavam prometendo um sistema de segregação (não uso de ractopamina) e os russos estavam aceitando a proposta. Mas quando a crise (da Crimeia) começou, as negociações paralisaram – afirmou.

O Serviço de Inspeção Agrícola e Criação de Gado (SIAG) da Rússia proibiu, desde outubro do ano passado, o uso da ractopamina pelos frigoríficos brasileiros. Agora, a tensão diplomática pode ajudar o Brasil a voltar a ocupar posição no mercado russo.

– Não estou querendo comemorar a falta de sorte dos outros, mas vai ser bom para a gente – disse o secretário.

Segundo Ferraz, Brasil e Rússia vivem um bom momento comercial, após embates envolvendo a carne bovina brasileira, o que pode contribuir para facilitar o aumento da exportação de carne suína.

– Nesse momento a gente vive um momento muito bom com a Rússia, de céu de brigadeiro – disse. 

Clique aqui para ver o vídeo

• Leia outras notícias sobre o setor

Sair da versão mobile