Ministério da Agricultura discute requisitos para exportação de carne suína catarinense para o Japão

Comércio entre os países deve começar assim que as autoridades japoneses aprovarem o modelo de Certificado Sanitário Internacional proposto pelo MapaApós sete meses de negociações bilaterais, o Japão informou ao Mistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) as exigências para que passe a importar carne suína de Santa Catarina. O início do comércio entre os países deve começar assim que o Japão aprovar o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) a ser proposto pelo Mapa.

Em julho de 2012, o Japão reconheceu oficialmente o status livre de febre aftosa, sem vacinação, para a carne suína do Estado catarinense. Para concluir o processo e liberar em definitivo as exportações, as autoridades veterinárias do país precisavam enviar ao Mapa os requisitos para a elaboração do CSI.

– Este foi primeiro caso de aprovação de uma região livre de febre aftosa sem vacinação por aquele país. Até então, o Japão só aceitava importações de carnes de animais suscetíveis à doença se o país de origem fosse inteiramente livre – explicou o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto.

Representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) analisam com o setor privado e o governo de Santa Catarina as exigências feitas pelo Ministério da Agricultura do Japão para preparar a proposta de certificado. De acordo com Célio Porto, as exportações de carne suína para o Japão podem beneficiar fortemente o segmento no Brasil.

– As negociações começaram em 2006, a conclusão de todo o processo está próxima e terá impacto muito positivo para a economia regional. Finalmente, Santa Catarina poderá auferir benefícios econômicos positivos por seus esforços para tornar e manter o Estado livre da doença, sem vacinação – salientou o secretário.

O Japão é o maior comprador mundial de carne suína e importou US$ 5,1 bilhões, equivalentes a 779 mil toneladas, em 2012. Os principais exportadores da proteína para o país são Estados Unidos, Canadá e Dinamarca.

No ano passado, o Brasil – que é o quarto maior exportador de carne suína do mundo – vendeu o produto para mais de 74 mercados, totalizando US$ 1,3 bilhão. Santa Catarina está no topo da lista dos Estados exportadores, vendendo US$ 500 milhões, cerca de 180 mil toneladas, em 2012.