Os prejuízos causados por doenças aviárias no país podem ser imensuráveis, não só para a saúde da população, mas também para a economia do setor avícola. O Brasil é um dos três maiores produtores de aves e é líder na exportação de frango.
Um foco de contaminação, além de comprometer uma granja inteira, põe em risco as vendas externas. Entre as doenças mais temidas estão a gripe aviária, que até hoje nunca chegou ao Brasil, e a doença de Newcastle, considerada altamente contagiosa e mortal, até entre as aves mais resistentes. Hoje, as granjas do país contam com um programa de sanidade avícola, que agora quer rever as medidas de controle.
O Programa de Sanidade Avícola prevê intensificar as ações de prevenção para 2016, quando o Brasil recebe as Olimpíadas. Isso porque, doenças como a gripe aviária e a de Newcastle ainda circulam em alguns países.
Para isso, técnicos de vigilância se reuniram em Brasília num evento que também comemorou os 20 anos do programa.
– O que a gente vem trabalhando nesse momento agora é revisar todos os protocolos em parceria com os demais países onde a gente tem uma troca técnica, uma troca de conhecimento com os outros países vem fazendo, no sentido de aprimorar cada vez mais nosso programa – afirma o coordenador do Programa de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Bruno Pessamilio.
Representantes do setor reconhecem que há possibilidade da doença entrar no país, mas acreditam que o risco é baixo.
– Com a globalização você não tem mais essa condição de ter um país eternamente livre de doenças. O segredo é você ter laboratórios para diagnosticar isso o mais rápido possível. Esse é o segredo, e é isso que a gente trabalha aqui no Brasil – diz o diretor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ariel Mendes.