Ministério da Agricultura tem vigilância reforçada em portos, aeroportos e fronteiras

Mesmo com a crescente movimentação, ordem é fiscalizar tudo o que entra no PaísDiariamente, centenas de vôos internacionais chegam e saem dos principais aeroportos do Brasil. São passageiros de diversas partes do mundo, que trazem na bagagem um pouco da cultura e dos costumes dos lugares por onde passaram. Só que aquilo que parece inofensivo a olho nu pode trazer conseqüências tanto para a economia brasileira quanto para a saúde da população.

? No ano passado, uma passageira vinda da China trazia na bagagem 2kg de língua de frango. Na China a gente tinha a ocorrência de influenza aviária, uma doença extremamente letal que graças a Deus não chegou ao Brasil. Então você imagina em 2kg de língua de frango quantos frangos têm e o risco de vir numa dessas cargas o vírus e esse vírus entrar no Brasil ? diz o coordenador do Vigiagro, Oscar de Aguiar Rosa Filho.

Cerca de 650 fiscais agropecuários da Vigilância Agropecuária Internacional, ligada ao Ministério da Agricultura, estão presentes em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais, como os portos secos. A função deles é controlar a entrada de produtos no país.

De janeiro a novembro do ano passado, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, foram feitas 5,539 mil apreensões. No aeroporto Maestro Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, foram 13 mil. No total, 27 toneladas de produtos deixaram de entrar por esses terminais.

Em todos os aeroportos internacionais, a fiscalização observa se nas bagagens foram trazidos produtos alimentícios in natura. Se for identificada a presença, os alimentos não passam além deste salão.

A bagagem de mão dos passageiros também é verificada. Ela passa por esta máquina de Raio-X, sob o olhar atento dos fiscais. Se for identificado algum produto de origem animal ou vegetal sem autorização para entrar no país, ele é apreendido e incinerado.

Foi o que aconteceu com estas frutas, sementes e carnes encontradas pelos fiscais do aeroporto internacional de Brasília. Antes de serem destruídos, os alimentos são marcados com um corante azul para não correrem o risco de serem aproveitados. Animais de estimação, vindos do exterior sem a documentação veterinária em dia, também não podem entrar.

? O animal de companhia é devolvido para o país de origem e as empresas aéreas são multadas. No site do Ministério da Agricultura há todas as informações sobre os procedimentos e documentos necessários ? finalizou Aguiar Rosa Filho.