Se o dinheiro e os funcionários foram multiplicados, o mesmo não se pode afirmar em relação aos peixes, que são a razão de ser de toda essa estrutura. A produção, que era de 990 mil toneladas no início do primeiro governo Lula, praticamente não saiu do lugar. Ficou em 1,07 milhão até 2007, número mais recente. Estima-se que em 2009 a produção tenha chegado à casa de 1,3 milhão de tonelada. O dado oficial sai na próxima semana.
A produção de pescados avança num ritmo lento, se for considerada a projeção da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pela qual o Brasil precisaria atingir a marca de produção de 20 milhões de toneladas de pescados por ano até 2030 para não faltarem peixes para o consumo mundial. Se a meta da FAO fosse atingida, o mercado pesqueiro movimentaria US$ 100 bilhões por ano e seriam criados 10 milhões de empregos.
No entanto, no que depender do Brasil, o mundo vai ter de comer menos pescados.
? O crescimento que esperamos, dentro das condições que a gente tem, não vai alcançar a projeção da FAO, mas vai fazer com que o Brasil se torne um dos grandes produtores de pescado a nível mundial. A projeção é que, em 2023, estaremos produzindo algo como 6 ou 7 milhões de toneladas ? afirmou o secretário executivo do Ministério da Pesca, Cleberson Zavaski.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.