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Ministério Público Federal em Mato Grosso instaura inquérito civil para apurar "vaca louca"

Inquérito quer explicações sobre a atividade de vigilância e defesa sanitária animal, inspeção, fiscalização, padronização e a classificação de produtos de origem animal no EstadoO Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República no município de Cáceres, em Mato Grosso, instaurou inquérito civil público para investigar o controle sanitário animal no Estado devido ao caso ainda não esclarecido de "vaca louca". Foram intimados a responder à requisição no prazo de cinco dias o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) e o Ministério da Agricultura.

O despacho do procurador Thales Fernando Lima determina que os dois órgãos se posicionem e expliquem se a atividade de controle sanitário animal vem sendo desempenhada de forma satisfatória na região e quais medidas foram adotadas na fazenda em que o animal suspeito da doença foi encontrado. O prazo começa a contar a partir do recebimento do ofício, que já foi enviado aos órgãos.

O primeiro questionamento pede que seja explicada como é desenvolvida a atividade de vigilância e defesa sanitária animal, inspeção, fiscalização, padronização e a classificação dos produtos e subprodutos de origem animal na região sudoeste de Mato Grosso. A segunda, quais as medidas de controle sanitário foram adotadas na fazenda Talismã no município do Porto Esperidião e os exames dos 49 animais abatidos na propriedade.

– Se chegarmos à conclusão que existem irregularidades para serem sanadas podem ser tomadas medidas como assinatura de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ou ação judicial – explicou o procurador.

Segundo o Ministério da Agricultura, os 49 bovinos que tiveram contato com a fêmea doente foram abatidos no dia 26 de abril e apresentaram resultado negativo para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), nome científico da doença.

Ao todo, os 49 animais sacrificados que conviviam com o animal doente renderão uma indenização de cerca de R$ 1,5 mil por cabeça ao criador. Os recursos virão do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa). O fundo, que é privado, recebe contribuições dos criadores no momento do abate.

Para evitar respostas evasivas, os dois questionamentos foram encaminhados com tópicos que devem, obrigatoriamente, ser abordados. Entre eles estão o número e localização de postos fixos e volantes da vigilância; número de servidores do órgão e aonde estão lotados; e controle de trânsito animal.

– Além de evitar repostas evasivas, queremos ter subsídios para saber se a atuação está sendo adequada – diz Lima.

Ontem, o governo peruano suspendeu por 180 dias as importações de carne bovina e derivados do Brasil. O país foi o primeiro a iniciar o embargo, que deve ser seguido por outros países, a exemplo do caso também atípico de vaca louca no Paraná em 2010. Quando o exame foi divulgado, em 2012, 16 países embargaram a carne brasileira.

• Ministério da Agriculta se mobiliza para derrubar embargo do Peru à carne bovina

No ano passado o Peru ficou no 68º lugar entre os importadores de carne bovina brasileira, com destaque para as compras de miúdos. No ano passado as importações recuaram 80% em relação a 2012. A queda foi provocada pelas restrições impostas no início do ano passado, após a divulgação pelo governo brasileiro de um caso atípico de Vaca Louca que ocorreu no Paraná em 2010. O caso do Paraná, que foi comunicado em dezembro de 2012, provocou a suspensão das compras por 16 países, o que pode se repetir neste ano.

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