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Ministério Público do Trabalho pede salvaguardas a demitidos pelo JBS e multa de R$ 50 milhões

MPT solicita a adoção de medidas que minimizem o impacto social gerado pela demissão de 1,3 mil funcionários da unidade de Presidente Epitácio (SP)O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Presidente Prudente (SP) ajuizou esta semana ação civil pública contra a JBS S/A, na qual solicita à companhia a adoção de medidas que minimizem o impacto social gerado pela demissão de 1,3 mil funcionários da unidade de Presidente Epitácio (SP), desativada em agosto. O MPT pediu ainda a condenação da JBS ao pagamento de R$ 50 milhões por danos morais à comunidade.

Entre as salvaguardas solicitadas estão seguro saúde e a cessão de cestas básicas por 12 meses a cada trabalhador demitido. O MPT pede também o pagamento de uma compensação financeira de três salários mínimos por empregado dispensado, além de um salário por ano trabalhado, bem como garantir a preferência na contratação em caso de reativação dos postos de trabalho.

A multa de R$ 50 milhões deve ser destinada a instituições e órgãos públicos que atuam em defesa de trabalhadores em Presidente Epitácio, caso o pedido seja acatado pelo juiz. O MPT alega que a JBS realizou as demissões “de forma arbitrária”, sem que houvesse uma negociação coletiva com a entidade sindical representativa, o que desrespeitaria artigos da Constituição, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e das normas internacionais ratificadas pelo Brasil.

– A demissão em massa realizada nos moldes praticados pelo frigorífico deve ser considerada como abusiva. A medida adotada pelo frigorífico, nos moldes em que se deu, violou os mais básicos direitos dos trabalhadores e prejudicou toda a sociedade. Isto porque a demissão em massa não foi precedida de negociação coletiva com o sindicato laboral a fim de resguardar os interesses sociais – justifica a procuradora Renata Botasso, na ação.

Após o fechamento da unidade e antes do ajuizamento da ação, o MPT instaurou um inquérito para apurar as demissões. Na apuração, a procuradora se reuniu com representantes da JBS e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Presidente Prudente e iniciou as negociações. Segundo o MPT, o sindicato propôs a extensão do aviso prévio, do seguro desemprego e do pagamento de cestas básicas por um ano.

A JBS recusou os pedidos e ofereceu como contraproposta a concessão de quatro cestas básicas por trabalhador demitido e a oportunidade de transferi-los para unidade em outro Estado. Em assembleia, a proposta foi recusada. Em nota, a JBS informou que não recebeu até o momento qualquer tipo de citação de ação proposta pelo MPT em decorrência das demissões realizadas pela companhia na unidade.

– A empresa ressalta, no entanto, que segue a legislação trabalhista vigente, que todos os colaboradores desligados foram devidamente indenizados de acordo com a CLT e que foram observados todos os trâmites junto ao sindicato e ao Ministério Público do Trabalho para negociação de condições mais benéficas que as estipuladas em lei. Dessas negociações, não houve consenso; a JBS encontra-se aberta a negociação como sempre esteve em todos os casos – informou a empresa. 

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