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Diversos

Ministra da Agricultura reforça projeto de criar tilápia na Itaipu

Dados da Agência Nacional de Águas mostram que a capacidade de produção de tilápias no reservatório da usina é de 400 mil toneladas por ano

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou nesta quarta-feira (24) da abertura do 3º International Fish Congress & Fish Expo (IFC), maior evento da cadeia de pescados, que ocorrerá até o dia 26 deste mês em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

No evento, a ministra destacou que o Mapa vem trabalhando em uma série de ações para fortalecer o setor de pesca e aquicultura, entre elas facilitar o acesso a linhas de crédito rural. “Estamos no Ministério seguindo nesse caminho para tornar mais sólido e pavimentado esse setor, que é tão importante para segurança alimentar do nosso país e do mundo, junto com as outras proteínas”, disse.

A ministra também anunciou as negociações para criação de tilápia no lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu, um dos temas tratados em reunião nesta quarta-feira (24) entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) mostram que a capacidade de produção de peixe no reservatório da usina é de 400 mil toneladas por ano. Atualmente, o cultivo de tilápias em tanques no reservatório de Itaipu não é permitido pela legislação do Paraguai.

O secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jorge Seif, citou o trabalho desenvolvido, desde 2019, que visa reduzir os trâmites burocráticos para pescadores, aquicultores e industriais. “Até 2022, das 1.500 normas existentes, ficarão no máximo 500 regras. Isso significa desburocratização”, informou, acrescentando que outra linha de ação é a implantação de sistemas digitalizados, como o do recadastramento de pescadores profissionais.

Já o presidente do International Fish Congress (IFC), Altemir Gregolin, estima que o Brasil irá figurar entre os maiores produtores de pescado, no prazo de uma década, por reunir condições para ampliar a produção, como 8.500 quilômetros de costa e matéria-prima (soja e milho). “O IFC é a expressão do momento que o setor vive, com crescimento com um pacote tecnológico cada vez mais desenvolvido, genética, rações, equipamentos; com aumento de consumo, inclusive na pandemia; com aumento das exportações de uma cadeia cada vez mais estruturada”, disse. Atualmente, o país ocupa a 13ª posição no setor de pesca continental e aquicultura.

O evento terá a participação de 70 conferencistas nacionais e internacionais, além da apresentação de novos produtos e tecnologia para o setor.

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