– A nossa relação com o Paraguai é a melhor possível e confiamos no trabalho que eles vêm fazendo, mas precisamos pensar no combate a essa doença em nível de América do Sul – disse o ministro, em nota divulgada pelo ministério.
Em reunião com prefeitos e representantes dos sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul, nesta sexta, dia 6, em Ponta Porã, ele apontou, no entanto, que o recente caso no país vizinho tem se mostrado menor do que o último, registrado em setembro de 2011.
– Os recursos e o Exército já estão aqui. Nós viemos vencer esta batalha. A situação é menos grave e estamos atuando com mais rigor – avaliou.
Mendes acompanhou as atividades de prevenção quem vêm sendo realizadas na região. Ele sobrevoou a divisa dos municípios de Ponta Porã e de Juan Pedro Caballero, no Paraguai.
Na companhia da secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Dias, e do general do Comando Militar do Oeste, João Francisco Ferreira, o ministro também conheceu o trabalho realizado pelos militares e fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado (Iagro) em um dos postos de fiscalização considerados estratégicos para a prevenção. A agenda incluiu ainda um encontro com produtores e autoridades locais.
Durante a visita, o ministro também destacou que será avaliada em conjunto com o ministério das Relações Exteriores a indicação de um adido agrícola para o Paraguai e Bolívia, em um esforço para aproximar o Brasil e manter contato permanente com os vizinhos sobre todos os assuntos que envolvam a produção agrícola.
Prevenção
De acordo com o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, o plano de trabalho para combater a aftosa no Estado está traçado até o mês de abril. Ele afirma que o ministério destinou em setembro R$ 16 milhões para ações contra a doença.
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– Temos um saldo de R$ 8 milhões, valor suficiente para ser aplicado nas ações que estão em andamento e nas novas que foram planejadas para acontecer – disse.
Entre as medidas, está a contratação de 35 médicos veterinários para atuar especificamente na região de fronteira. Atualmente, a Iagro conta com 14 bases fixas e 10 móveis, além da presença do Exército, que auxilia nas operações de combate ao foco da aftosa.
Tereza Cristina lembrou que as ações preventivas realizadas anteriormente na zona de alta vigilância contribuíram para o cenário atual observado na fronteira.
– Isso não nos permite “baixar guarda”. O governador, assim que soube do foco, entrou em contato com o ministro, e após dois dias o Exército estava instalado nos pontos que nós julgamos estratégicos – ressaltou.
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