Em seu discurso, o ministro afirmou que o governo está atento à crise enfrentada pela suinocultura e descartou que o problema tenha sido provocado apenas pelas barreiras aos produtos brasileiros, “uma vez que as exportações de carne suína cresceram no primeiro semestre”.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, afirmou que o embargo russo e as restrições impostas pelo governo argentino são responsáveis pelo excesso de oferta que derrubou os preços da carne suína no mercado interno. Ele lembrou que em quatro meses os argentinos deixaram de importar 20 mil toneladas de carne suína.
Camargo Neto também criticou a atuação do governo federal nas negociações para a reabertura do mercado russo e a falta de políticas para assegurar o abastecimento de milho na região Sul, onde os criadores enfrentaram dificuldades por causa da quebra de safra provocada pela estiagem. O dirigente disse que o volume de venda de milho em balcão aos criadores foram irrisórios.