Açúcar, cereais, carnes bovina e de frango halal (um corte especial aceito pela cultura muçulmana) representam 67% do total de produtos exportados pelo Brasil, o equivalente a US$ 12 bilhões.
– Agronegócio é sem duvida a atividade que mais tem complementariedade com os países árabes. Atualmente, as nossas exportações já são dominadas por produtos agrícolas especialmente açúcar e carne, e esse é um movimento que tende a se acentuar. Até porque as vantagens que o Brasil tem de produção, de custo, são vantagens que faltam ao mundo árabe. Sem dúvida, esse movimento tende a continuar – afirma o especialista em negociações internacionais da Confederação Nacional da Indústria, Frabrizio Panzini.
– O que nos deu essa condição muito especial foi o Brasil ter se especializado na prática do halal. Esse ritual islâmico é cumprido rigorosamente pelo Brasil, e as certificadoras a cada ano aprimoram o trabalho – afirma o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra.
Apesar do crescimento registrado, empresas brasileiras ligadas ao agronegócio ainda encontram dificuldade para exportar produtos. As barreiras fitossanitárias continuam sendo o maior entrave, principalmente em países como a Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Iraque.
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– É de fundamental importância que não haja essas restrições à importação de carne bovina, por questões de sanidade. O nosso rebanho não tem problemas de sanidade. Autoridades brasileiras já fizeram o convite para que as autoridades desses países viessem visitar o Brasil em uma missão técnica para tentar acabar com a restrição – afirma o gerente de exportações para países árabes da JBS, Rada Alberto Saleh.
A desburocratização do processo de compra e venda de produtos é outro desafio que precisa ser superado, e também foi discutida durante o fórum entre o Brasil e os países árabes.
