Desde domingo em solo gaúcho, o trio faz parte do grupo de seis especialistas que desembarcou na última terça, 2, em Brasília para vistoriar o sistema de rastreamento da produção de carne bovina exportada para a União Europeia. Divididos em dois times, os técnicos inspecionam até o dia 15 propriedades e frigoríficos em cinco Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A pedido dos estrangeiros, o Ministério da Agricultura não informou o itinerário pelo país. Entrevistas foram negadas. No dia 15, haverá um pronunciamento oficial sobre as conclusões da vistoria. Se for positiva, aumenta a credibilidade da carne gaúcha no mercado externo.
Estiveram no frigorífico Marfrig em Capão do Leão (RS), das 8h às 19h30min, Agnes Kerti, da Hungria, Vasco Antunes, de Portugal, e Roger Schmit, de Luxemburgo. O grupo inspecionou instalações, técnicas de abate e sistema de rastreabilidade. Só propriedades habilitadas, com certificado, podem enviar carne bovina para as mesas dos europeus.
? Os técnicos são muito criteriosos, em especial nos documentos. Procuram confirmar que os animais informados são de fato os abatidos e exportados. Além disso, observam as condições sanitárias do processo ? explicou Roberto Schroeder, responsável pelo setor de rastreabilidade da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado.
Schroeder acompanhou parte da vistoria em Capão do Leão, onde a missão teve atenção com quatro tipos de corte: contrafilé, filé mignon, coxão mole e alcatre.
? Foi um trabalho tranquilo, muito criterioso. O balanço do dia é positivo, não encontraram nenhum processo totalmente fora dos padrões. São pequenos ajustes ? disse Schroeder.
Reclusos dentro do frigorífico e com a imprensa proibida de acompanhar a visita, os europeus apareceram no pátio da unidade no final da tarde. À noite, uma van buscou o grupo, que viaja em voo fretado para Cachoeira do Sul. Para as 19h, está marcada a partida do Rio Grande do Sul. A comitiva deve seguir ? calada ? seus trabalhos em Minas Gerais.