Os técnicos da organização conversaram com representantes de oito associações de produtores de Goiás. Eles conheceram detalhes sobre a produção do terceiro maior rebanho bovino do país, com 22 milhões de cabeças. Foram avaliados 46 itens, entre eles, a execução e eficácia de 11 programas que mantêm o Estado livre de doenças como a tuberculose bovina e a doença de new castle.
– Em 2007, o serviço brasileiro obteve nota de 3 a 5 o que é muito bom, esperamos avançar nesse ano de 2014 – disse o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Leal.
Com uma nota positiva, após avaliação em todos os Estados, o Brasil poderá continuar exportando carne e ainda abrir a comercialização para novos mercados. É a expectativa, por exemplo, dos suinocultores goianos, que produzem 2,5 milhões de cabeças e exportam principalmente para Hong Kong, Ucrânia e Rússia.
– O Brasil, há muito tempo vem tangenciando as exportações de suínos, mas sempre tem algo que impeça. Estamos exportando 500 mil toneladas e precisamos passar pra 700 mil. A meta seria crescer de 20% a 40% no mercado – afirmou o presidente da Associação Goiana de Suinocultores, Euclides Costenaro.
Hoje, o Brasil vende carne para 104 dos 178 países que integram a OIE. Um dos motivos para que países ainda tenham restrições é a febre aftosa. Os Estados do Amazonas, Amapá e Roraima ainda não são reconhecidos nacionalmente como livres da doença. O governo brasileiro espera, até 2015, obter o status de livre de aftosa com vacinação junto à OIE.
– Apesar de ser o maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil está alijado de 40% do mercado mundial de carne. Apesar de termos grande parte livre com vacinação e apenas um Estado, Santa Catarina livre sem vacinação, a gente precisa avançar nisso. Não é possível que Estados do Centro-Oeste, como Goiás, estejam há 19 anos sem nenhum foco e continuem vacinando. Agora, não adianta só Goiás, os Estados vizinhos têm que avançar também – relatou o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira.
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