Exames concluídos indicam redução na presença da alga a um nível que não oferece riscos ao consumo humano. A análise considera a presença de toxinas já na carne dos moluscos.
Segundo a Epagri, o foco inicial foi detectado na quarta-feira, dia 21. Alguns dos produtores locais do Ribeirão da Ilha, que monitoram as águas da região com sistema próprio, não vendiam ostras desde sexta-feira.
O chefe do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (Cedap) da Epagri de SC, Fabiano Müller Silva, diz que a entidade informou a liberação ainda ontem em comunicado enviado às associações e cooperativas de produtores da região. Na Baía Norte, não foi identificado qualquer incidência do problema.
Silva diz que também não existem indícios da presença das algas em outras regiões. Mas por precaução, foram encaminhados, ontem, novos exames com amostras retiradas de fazendas marinhas de Penha e Bombinhas, no Litoral Norte do Estado.
Pequenos produtores confiam na recuperação
A primeira incidência da maré vermelha em 2009, em plena temporada de verão, deixou em alerta principalmente os pequenos produtores, com comércio concentrado na região. O engenheiro de aquicultura André Gustavo Brandão, técnico da Cooperativa Aquícola da Ilha de Santa Catarina (CooperIlha), lembra que é nesta época que os produtores vendem a maior parte da produção do ano.
Dos 34 integrantes da cooperativa, apenas quatro são do Norte da Ilha ? região que não apresentou o problema neste ano. Os 30 restantes ficam no Sul da Ilha.
? E muitos fizeram investimentos, como a compra de novos barcos. Agora, dependem dessa época para escoar a produção ? explica.
Brandão afirma que como a proibição durou menos de uma semana, os produtores ainda confiam na recuperação do tempo perdido. O fenômeno da maré vermelha não provoca perda de produção, já que as próprias ostras filtram-se, eliminando as toxinas.