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Montar confinamento exige estudo detalhado da atividade

Regra número um para ganhar dinheiro é agir como bom administradorMontar um confinamento exige um estudo detalhado de toda a atividade. Fatores como a localização da fazenda, a estrutura dos currais, e as quantidades de maquinário e de mão de obra devem ser levados em conta na hora de começar o sistema. E a regra número um para quem quer entrar ou se manter na atividade ganhando dinheiro é agir como um bom administrador.

>> Confira imagens de bastidores da série do Jornal da Pecuária

A localização da fazenda está diretamente ligada aos custos de transporte, tanto dos insumos quanto dos animais. Quanto mais distante dos fornecedores, maior é o custo do sistema. A estrutura dos currais e de toda a parte de apoio, como da fábrica de ração e do reservatório de água, precisa ser funcional e facilitar o trabalho do dia a dia. As quantidades de maquinário e de mão de obra devem ser calculadas levando em consideração o número de animais que serão confinados.

– Às vezes a pessoa não tem conhecimento para saber se o número é bom ou ruim. Mas, se ela tiver os números em mãos, qualquer técnico vai poder dizer se ele é bom ou ruim – afirma o coordenador do confinamento experimental da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG), Juliano Fernandes.

O valor das instalações pode variar muito. De acordo com a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), o custa da estrutura pode variar de R$ 185 a R$ 500 por cabeça.

Mas não basta economizar na estrutura, se a compra, tanto do boi magro quando dos insumos, não for bem feita. O boi magro representa cerca de 65% do custo de um confinamento e a alimentação, de 25%. Por isso, é preciso se antecipar à demanda e negociar com fornecedores para garantir bons preços.

– No passado, eu trabalhei com torta de algodão. Minha torta saiu por mais ou menos R$ 350. Quem fechou o segundo ciclo e comprou em cima da hora a torta de algodão, chegou a R$ 650. Eu pergunto: essa conta fecha? – afirma o pecuarista Orlando Resende, que confina até 2 mil cabeças por ano em Anicuns (GO).

O operacional representa os outros 10% do custo da atividade. A ociosidade dos currais só é saudável nas fazendas em que o confinamento é usado para terminar o gado da propriedade. Já onde o confinamento é a atividade principal, é preciso trabalhar o ano todo, mesmo na época de chuva, com lotes menores.

Fazendo o dever de casa, ao reduzir os custos e otimizar a produção, resta ainda uma última missão: saber vender o boi gordo. Usar as possibilidades que o mercado oferece, como boi futuro e contrato de opção, é uma das sugestões dos profissionais do setor para evitar surpresas desagradáveis na hora de mandar o animal para o frigorífico.

– Se você ficar esperando preço, poderá se decepcionar. Pelo menos uns 60% do gado deve ser vendido com antecedência – afirma o pecuarista José Eduardo Vilela.

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