Na última semana, o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) comunicou que a suspeita de mormo em um ser humano, na cidade de Lagarto, em Sergipe, foi descartada após a conclusão das investigações. Os resultados iniciais dos exames realizados na paciente apresentaram resultado negativo para a doença.
Apesar do descarte da suspeita, a paciente continua em internação isolada no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), em Aracaju, com um quadro de saúde estável.
Contudo, uma terceira coleta foi realizada e está em investigação para garantir total segurança em relação ao caso.
De acordo com as informações do Senar, o mormo é uma enfermidade infectocontagiosa que afeta principalmente equinos, como cavalos, burros e mulas, podendo ser transmitida para outros animais e até mesmo para seres humanos pelo contato com animais infectados.
Além disso, a doença é causada pela bactéria burkholderia mallei e pode se manifestar por meio de sintomas como febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular, cefaleia, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia.
O caso suspeito de mormo em humano em Sergipe reforça a importância das medidas de controle e prevenção da doença. As recentes diretrizes, desenvolvidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em conjunto com a Câmara Setorial de Equideocultura do Ministério da Agricultura, buscam aprimorar o Programa de
Controle do mormo, além de conscientizar a população sobre a doença, seus sintomas e medidas preventivas, visando a proteção tanto dos animais quanto das pessoas.
“A prevenção e o controle adequado da doença do mormo são fundamentais para garantir a segurança sanitária dos animais e da população.”, explica a médica veterinária e instrutora do Senar Sergipe Jhully Sobral. Por isso, com a conscientização e adoção de medidas preventivas, é possível evitar a disseminação da doença e garantir um ambiente saudável e seguro para todos em Sergipe.
Prevenção
Prevenir a disseminação da doença do mormo é essencial para proteger os animais e a população. A médica veterinária Dra. Jhully Sobral, instrutora do Senar Sergipe, destaca algumas medidas preventivas que os criadores e proprietários de equídeos devem adotar:
- Isolamento de animais suspeitos: Ao identificar um animal com sintomas suspeitos, é importante isolá-lo imediatamente dos demais para evitar o contágio;
- Realização de exames regulares: A realização de exames periódicos nos animais é fundamental para detecção precoce da doença;
- Higienização das instalações: Manter as instalações limpas e desinfetadas reduz o risco de propagação da doença;
- Evitar aglomerações: Reduzir a movimentação desnecessária dos animais e evitar aglomerações em eventos e feiras contribui para minimizar o risco de contaminação;
- Controle vetorial: Combater vetores como carrapatos, moscas e outros insetos que podem transmitir a doença.
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