A falta de água mudou a rotina do produtor rural, Sebastião da Rosa, agora todos os dias ele precisa caminhar até um poço que fica a dois quilômetros da propriedade, em São Paulo das Missões.
– Está tudo seco. Faz de 15 a 20 dias que não temos água, nem para o gado e nem para tomar – afirma o produtor.
Para amenizar o problema estão sendo abertos bebedouros para os animais e a rede de água está sendo ampliada. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Vilmar Renner, a dificuldade é que muitas vezes os produtores deixam para fazer esse trabalho durante o período de seca.
– O correto seria ter sido feito esse trabalho durante o período de inverno, onde manteria esses bebedouros cheios – afirma Renner.
Em uma década a região noroeste do Estado só não teve seca em apenas três anos. Quem vive aqui já se acostumou com o problema e sabe o que jeito é se unir para tentar diminuir os prejuízos. Em uma consulta popular feita em 2009 foi definida como prioridade a construção de reservatórios de água, 120 projetos foram aprovados, mas até agora o dinheiro para as obras não foi liberado.
– Apesar de terem se passado mais de dois anos os agricultores padecem, infelizmente, com a falta de chuvas e as obras ainda não executadas – disse o presidente da Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede), da fronteira noroeste, Pedro Butenbender.
Em Porto Mauá, o produtor rural Elói Pizzoni já raciona água para o rebanho e as aves.
– Todo mundo sabe que durante alguns meses do ano a gente tem problema de estiagem. Se a gente tivesse uma cisterna a gente podia armazenar a água que se perde durante o ano – aponta o produtor.
Assista ao vídeo sobre a situação da estiagem no Rio Grande do Sul: